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Saiba quem é o ex-prefeito suspeito de lavar dinheiro para o CV

A Polícia Civil acredita que o ex-prefeito é ligado a um dos “braços operacionais e financeiros” do Comando Vermelho

atualizado

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Raimundo Pinheiro da Silva
1 de 1 Raimundo Pinheiro da Silva - Foto: null

O ex-prefeito de Anamã Raimundo Pinheiro da Silva, alvo da operação Rota do Rio, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nessa terça-feira (21/5), já é velho conhecido da Justiça, colecionando duas cassações de mandato.

O político foi eleito prefeito de Anamã pela primeira vez em 2008. No entanto, seu mandato foi interrompido em 2011, quando ele e o vice, Antônio Araújo Coelho, foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) por compra de votos e abuso do poder econômico.

Segundo a Justiça, Chicó usou duas embarcações para transportar eleitores, além de doar “brindes” em troca de votos. Apesar de a defesa ter recorrido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o recurso foi negado, mantendo a cassação.

Em 2016, Chicó foi novamente eleito prefeito de Anamã, mas sua segunda passagem pelo cargo foi ainda mais breve. No fim de 2017, a Justiça impugnou sua chapa, desta vez pelo MDB, devido à condenação por abuso de poder econômico reconhecida em Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime).

A condenação o tornou inelegível por oito anos, resultando no indeferimento de seu registro de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.

Em 2021, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) multou o ex-prefeito em mais de R$ 1 milhão por diversas irregularidades, incluindo dispensas de licitações não justificadas e falta de fiscalização de contratos.

Rota do Rio

Os investigados são pessoas físicas e jurídicas identificadas como integrantes ou associados a um dos “braços operacionais e financeiros” do Comando Vermelho.

Alguns dos mandados foram cumpridos em locais como interior das comunidades cariocas Fallet, Fogueteiro, além de endereços nobres da cidade: Ipanema, Arpoador, Copacabana, Barra da Tijuca, Catete, Recreio; e em outras cidades fluminenses, como Cabo Frio e Búzios.

Ao todo, quatro pessoas foram presas, incluindo o líder do tráfico do Fallet e Fogueteiro, em cumprimento a cinco mandados de prisão, além de outros três alvos detidos em flagrante. Mais de R$ 500 mil em drogas foram apreendidos.

As investigações, que contaram com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), apontam que a rota utilizada para o escoamento da droga vinda do Amazonas até o Rio de Janeiro serve, em sentido contrário, para o fluxo de dinheiro do comprador atacadista para o seu fornecedor, evidenciando o grande esquema de fornecimento e pagamento da droga vendida tanto no morro quanto no asfalto.

“Para escamotear a origem ilícita dos recursos oriundos da compra e venda de drogas, essa organização criminosa realiza pagamentos de forma pulverizada a diversas pessoas interpostas. Entre elas, um frigorífico no Amazonas, pertencente a um ex-prefeito de um município daquele estado, que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico”, disse a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

As investigações financeiras apuraram que, em um período de dois anos, a organização movimentou aproximadamente R$ 30 milhões em recursos ilícitos.

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