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Saiba quem é o empresário flagrado bêbado que xingou venezuelano no DF

O executivo já havia sido preso em 2007 por matar uma pessoa atropelada. Ele foi condenado a pagar R$ 1,3 milhão à família da vítima

atualizado

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Giampiero Rosmo
1 de 1 Giampiero Rosmo - Foto: Giovana Bembom/Metrópoles

Giampiero Rosmo, 45 anos, empresário preso, nesse domingo (15/5), após bater no carro de um motorista de transporte por aplicativo e humilhar a vítima, tem histórico de confusão em Brasília. O executivo já havia sido preso em 2007 por matar uma pessoa atropelada. À época, foi condenado a pagar R$ 1.390.830,01 – o montante se refere a despesas médicas, de funeral, e danos morais à família de Antônio Ferreira Lima, então morador do Varjão.

O acidente fatal ocorreu no Setor de Mansões do Lago Norte. Na ocasião, Giampiero Rosmo saiu sem prestar socorro a Antônio Lima, que, um ano depois, morreu em decorrência das complicações da colisão.

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Giampiero Rosmo tem histórico na polícia
Fiança foi arbitrada em R$ 50 mil
Giampiero Rosmo
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Empresário tentou fugir do local do acidente

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Giampiero Rosmo tem histórico na polícia

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Fiança foi arbitrada em R$ 50 mil

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Giampiero Rosmo

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Até 2016, o empresário ainda não havia quitado a pendência com a família de Lima. Afirmou nos autos do processo que não tinha bens passíveis de penhora em seu nome. Foi aí que o juiz se valeu do padrão de vida exibido por Giampiero Rosmo para obrigar o réu a pagar a indenização devida aos parentes da vítima. A forma como o magistrado encontrou para fazer valer sua decisão foi penhorando os presentes recebidos por ocasião do casamento do réu, realizado em uma fazenda perto de Pirenópolis, em agosto de 2016. O valor total dos itens era de aproximadamente R$ 31 mil.

Em 2011, Rosmo foi acusado de agredir um homem em uma cafeteria de um shopping do Lago Sul. A vítima afirmou que o empresário estava acompanhado de um amigo quando o atacou. Giampiero Rosmo negou as acusações e disse ter sido confrontado pelo homem, que teria jogado café quente em sua cabeça. O caso foi investigado pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).

As confusões também envolvem uma briga que ocorreu em festa realizada na QL 18 do Lago Sul, em 2014. Na ocasião, Giampiero Rosmo foi expulso do evento após brigar com outro convidado. Ao procurar o manobrista, acabou pegando o carro de outro empresário cujo modelo era igual ao dele. Mesmo alertado pelo funcionário de que aquele veículo pertencia a outra pessoa, Rosmo saiu com o automóvel. Ele teria, ainda, ameaçado dar um soco no trabalhador caso não lhe entregasse as chaves. O carro foi encontrado no dia seguinte, com uma avaria na parte da frente. O caso também foi registrado na 10ª DP.

Acidente
Rosmo foi preso nesse domingo (15/5) por embriaguez ao volante e injúria racial após causar acidente na QI 11 do Lago Sul. No local da colisão, testemunhas relataram que ele estava exaltado. Tentou fugir mesmo com o carro destruído, urinou na via e ofendeu o condutor do outro veículo envolvido no acidente, um motorista de transporte por aplicativo. Proferiu xingamentos, como: “Venezuelano maconheiro”, “venezuelano ilegal” e “Che Guevara”, motivo pelo qual foi autuado pelo crime de injúria racial.

O suspeito estava em um Ford Territory, avaliado em cerca de R$ 200 mil, sob efeito de álcool, quando colidiu contra o Palio Weekend do condutor de app, que estava com uma passageira. Rosmo recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Todos foram conduzidos à 1ª DP (Asa Sul). Giampiero Rosmo foi preso em flagrante e teve a fiança arbitrada em R$ 50 mil.

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Motorista tentou fugir
Empresário xingou o motorista de transporte por aplicativo
Polícia Militar foi acionada
Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)
Carros ficaram amassados
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Acidente ocorreu no Lago Sul

Arquivo cedido ao Metrópoles
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Motorista tentou fugir

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Empresário xingou o motorista de transporte por aplicativo

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Polícia Militar foi acionada

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Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)

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Carros ficaram amassados

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Passageira se feriu

Arquivo cedido ao Metrópoles

O motorista de app detalhou que pegou a passageira na Península dos Ministros, no Lago Sul, por volta das 17h40. No momento em que seguiu para pegar um retorno, foi atingido por outro veículo.

Ele narra que a batida foi muito forte – o impacto deixou os dois carros completamente amassados. Giampiero Rosmo teria tentado sair do local dando partida no automóvel, mas foi impedido pelo condutor de app e pela passageira.

Ao ser interceptado, ele chegou a fazer gesto obsceno, dando dedo para as vítimas, e começou a urinar na frente de ambos. A PMDF foi acionada. Mesmo na presença dos militares, o empresário teria ofendido o condutor do Pálio, ao chamá-lo de “venezuelano ilegal” e dizer que ele não poderia trabalhar no Brasil. Ameaçou processá-lo. Emendou xingando o profissional de “venezuelano maconheiro” e “Che Guevara”.

A passageira do veículo acrescentou que, devido ao impacto da colisão, o carro em que ela estava chegou a rodar três vezes na pista. Ferida, a mulher foi levada para fazer exames no Instituto Médico Legal (IML).

Os veículos passarão por perícia no Instituto de Criminalística (IC). Giampiero Rosmo permanece preso em flagrante na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Ele passará por audiência de custódia nesta segunda-feira (16/5). Até a última versão desta reportagem, a fiança de R$ 50 mil ainda não havia sido recolhida.

O outro lado
Confira a íntegra da nota enviada pelo advogado Alexandre Garcia C. J. Jorge, que faz a defesa de Giampiero Rosmo.

“Entendemos que a prisão em flagrante foi injusta, haja vista que o meu cliente não havia ingerido bebida alcóolica, portanto sem qualquer possibilidade estado de embriaguez e, embora não tenha feito o teste do bafômetro, foi submetido ao exame pelo Instituto Médico Legal (IML) da própria Polícia Civil do Distrito Federal, onde o Médico, Dr. Paulo Machado Ribeiro Júnior, que é servidor da PCDF, bem atestou que o meu cliente estava com “marcha normal, equilíbrio estático preservado, orientação
preservada, memória preservada, pensamento lógico, coordenação motora preservada, estado emocional calmo, elocução normal, conjuntivas normais, pupilas normas”, concluindo que “não há vestígios de álcool”.

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