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Saiba quem é o deputado de GO alvo da operação contra ataques em 8/1

Em junho deste ano, o político acionou o STF para pedir que a Corte rejeitasse um eventual pedido de prisão contra ele

atualizado

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1 de 1 amauri-ribeiro-insta-compressed - Foto: Reprodução/redes sociais

Alvo da nova fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (29/8), o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) admitiu ter ajudado a financiar acampamentos antidemocráticos.

“A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta, porque sou patriota”, disse o parlamentar em discurso na Assembleia Legislativa goiana (Alego), em junho.

Após a afirmação polêmica, ele acionou o STF para pedir que a Corte rejeitasse um eventual pedido de prisão contra ele e chegou a recuar sobre a declaração. Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia, o parlamentar afirmou que teve a declaração distorcida pela imprensa. Segundo ele, se referia apenas aos acampamentos nas portas dos quartéis.

Brigas e ameaça

Envolvido em controvérsias desde que era apenas um anônimo comerciante em Piracanjuba, município goiano com 25 mil habitantes, Ribeiro acumula episódios polêmicos. Quando ainda era prefeito da cidade, em 2015, ganhou notoriedade após aplicar uma severa surra na filha.

Na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), em 2019 o bolsonarista assumiu o mandato com a esposa sentada no colo.

Em agosto de 2021, o deputado fez um discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em tom intimidatório contra a vereadora de Goiânia Luciula do Recanto (PSD), fundadora da ONG Recanto Anjos Peludos.

“Fico puto quando vejo uma vereadora, igual essa aí de Goiânia, que se diz protetora de animais, arrebenta o portão da casa de um cidadão, sem mandado, sem ordem judicial, porque ela também não é polícia, nem com ordem ela podia e invade uma casa. Para mim, merecia um tiro na cara. Quem invade o que não é seu não merece nem viver”, disse à época. A Polícia Civil abriu investigação sobre as ameaças.

Em dezembro daquele ano, também precisou ser contido por seguranças da Alego depois de desentendimento com o deputado Major Araújo (PSL). A briga dos parlamentares ganhou projeções maiores quando Araújo se referiu a Ribeiro como “boneca” durante discussão sobre a votação da PEC do ICMS. No dia, a sessão precisou ser encerrada.

O bolsonarista também se envolveu em uma briga com o ex-candidato a prefeito de Piracanjuba Cláudio Chaves Moreira, popularmente chamado de Cláudio Grilo. Críticas do ex-candidato ao mandato do parlamentar teriam motivado a briga.

“Deu murro na minha cara. Saiu sangue”, disse Cláudio Grilo, em entrevista ao Metrópoles logo após sair da delegacia, onde fez boletim de ocorrência contra o parlamentar, em fevereiro do ano passado. Ele acrescentou que o deputado estava armado.

Réu por fala racista e homofóbica

Em janeiro, o Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou denúncia contra Ribeiro por considerar racista e homofóbica uma postagem das redes sociais dele.

A publicação em questão (veja abaixo) mostra o desenho de uma mão branca apertando o punho de um braço negro, que usa uma roupa de arco-íris, que seria a bandeira LGBTQIA+, com a frase “na minha família não”.

postagem mão branca segura mão negra com braço colorido

A reportagem não localizou o deputado para comentar as acusações. O espaço segue aberto.

15ª Fase da Lesa Pátria

No total, são cumpridos nesta terça dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em endereços do parlamentar em Goiânia e Piracanjuba (GO).

O objetivo é identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.

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