metropoles.com

Saiba quem é o bicheiro que ordenava mortes por disputas de território

Oficial das Forças Armadas durante a ditadura militar, bicheiro é acusado de ter participado de sessões de tortura contra presos políticos

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Homem de cabelos brancos
1 de 1 Homem de cabelos brancos - Foto: Reprodução

O principal alvo da Polícia Federal (PF) na Operação Mahyah, deflagrada nesta sexta-feira (1º/9), é Aílton Guimarães Jorge, 82 anos, mais conhecido como Capitão Guimarães. Famoso por ordenar assassinatos durante disputas de pontos de jogo no bicho no Rio de Janeiro, o “banqueiro” é um ex-militar.

Oficial das Forças Armadas durante o período da ditadura militar no Brasil, Aílton é acusado de ter participado de sessões de tortura contra presos políticos. Após deixar o Exército, ele se tornou “banqueiro” do jogo do bicho e é acusado de ser o mandante da morte de Fábio Sardinha, em 2020, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Guimarães é figura presente no Carnaval carioca. O bicheiro foi presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), em dois períodos: de 1987 a 1993, e de 2001 a 2007.

A operação

A PF, junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrou a Operação Mahyah para desarticular uma organização criminosa voltada à prática de crimes de homicídio, corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo, chefiada por um banqueiro do jogo do bicho. A ação ocorreu na manhã desta sexta-feira (1º/9).

Na ação, 100 policiais federais cumprem 13 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Especializada em Organizações Criminosas do Rio de Janeiro.

Os mandados são cumpridos em municípios dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, em endereços ligados aos integrantes da organização criminosa e denunciados pelo MPRJ.

Soberania territorial

Para assegurar a soberania territorial, a organização criminosa pratica, de maneira ordenada, diversos crimes, entre os quais se destacam homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo.

A apuração foi desenvolvida pelo Grupo de Investigações Sensíveis da Polícia Federal (Gise-RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas da PF junto ao Ministério Público — que atuou por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo, com auxílio de promotores de Justiça de outros órgãos da instituição fluminense.

Para cumprimento dos mandados, a PF contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O nome da operação — Mahyah — faz referência à palavra “máfia”, que tem origem em um dialeto siciliano.

O termo “máfia” é inspirado em mahyah, que significa “audácia”, em árabe.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?