Saiba quem é Luanna Rezende, prefeita alvo da PF e irmã de ministro
A prefeita, que foi afastada após a ação da PF, tem 35 anos, é casada, declarou ao TSE patrimônio de R$ 1.290.667,05
atualizado
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A prefeita do município de Vitorino Freire (MA), Luanna Bringel Rezende Alves, principal alvo da Operação Benesse deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (1º/9), é irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Essa é a primeira ação da PF que envolve um integrante do alto escalão do governo Lula.
Luanna Rezende é formada em medicina e tomou posse como prefeita em 2021 para a legislatura 2021-2024. Este é o segundo mandato dela.
A prefeita, que foi afastada após a ação da PF, tem 35 anos, é casada, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 1.290.667,05. O atual ministro chegou a ajudar a irmã a concorrer aos dois pleitos, mesmo quando ainda era deputado federal.
Juscelino Filho costumava fazer parcerias com a irmã via emendas. A PF apura o suposto uso, pelo ministro das Comunicações, de R$ 5 milhões de emendas para asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire (MA).
A contratada foi uma empresa cujo dono, Eduardo José Barros Costa, é amigo de Juscelino Filho. Conhecido como Eduardo Imperador, ele também foi alvo da ação desta sexta. Segundo as denúncias, o engenheiro da Codevasf Julimar Alves da Silva Filho foi o responsável por assinar o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação.
A PF chegou a pedir busca e apreensão nos endereços de Juscelino Filho, mas as medidas foram indeferidas por Luís Roberto Barros, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Operação Benesse
Policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de São Luís (MA), Vitorino Freire (MA) e Bacabal (MA).
Também são cumpridas medidas cautelares como suspensão de licitações, proibição de celebração de contratos com órgãos públicos e indisponibilidade de bens.
A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em 20 de julho de 2022 (Operação Odoacro) e a segunda, em 5 de outubro de 2022 (Operação Odoacro II).
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva.
O nome da nova fase, “benesse”, foi escolhido porque o chefe do núcleo pública da quadrilha é suspeito de usar emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio.