Saiba quem é a ex-deputada presa por corrupção e lavagem de dinheiro
Almerinda Filgueiras de Carvalho, 72 anos, foi deputada pela RJ por dois mandatos. Ela foi condenada no fim de março e estava foragida
atualizado
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Presa nesta segunda-feira (1º/4), a ex-deputada federal pelo Rio de Janeiro Almerinda Filgueiras de Carvalho (foto em destaque), 72 anos, estava foragida desde 25 de março, quando foi condenada por corrupção e lavagem de dinheiro.
Nascida no Rio de Janeiro, Almerinda ocupa atualmente o cargo de secretária municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Igualdade Racial na Prefeitura de São João de Meriti. Segundo o Portal da Transparência do órgão, a presa recebe proventos superior a R$ 8 mil. Ela foi detida pela Polícia Federal na cidade de São João de Meriti (RJ), na Baixada Fluminense.
Formada em pedagogia, Almerinda foi deputada federal por dois mandatos, de 1999 a 2007. Durante esse período, participou da Comissão Representativa do Congresso Nacional e das Comissões Permanentes da Câmara Federal de Direitos Humanos, Educação, Cultura e Desporto e Fiscalização Financeira e Controle, segundo o site oficial da prefeitura de São João de Meriti.
Ela também fez parte das comissões Especiais de Ano da Mulher, de Fixação do Salário Mínimo, de Agentes Comunitários da Saúde, do Recurso da Seguridade Social ao SUS, entre outros. Em São João de Meriti, Almerinda foi secretária da Melhor Idade e de Promoção Social, além de presidir a filial da Cruz Vermelha na cidade.
Condenação
Segundo a PF, a prisão decorre de investigações que remetem ao ano de 2006, quando a corporação deflagrou a Operação Sanguessuga (Máfia das Ambulâncias), para desarticular um grupo criminoso formado por parlamentares e empresários, o qual fraudava licitações para aquisição de ambulâncias em prefeituras de, ao menos, 20 estados brasileiros.
A partir de informações de inteligência, policiais federais do Grupo de Capturas do Núcleo de Operações da Delegacia da PF em Nova Iguaçu (RJ) localizaram a ex-deputada na secretaria municipal, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva. A decisão condenatória foi expedida pela 7ª Vara da Seção da Justiça Federal em Mato Grosso, em 25 de março de 2024.
Após a formalização da prisão, a mulher foi levada à Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu para os procedimentos de praxe, de onde será encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame de corpo de delito e, posteriormente, irá para o sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ela deve cumprir pena de nove anos de reclusão pelos crimes cometidos.