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Saiba quem é a “Corretora do Pó” que traficava drogas em Águas Claras

Suspeita oferecia cardápio com opções de cocaína, como escama de peixe — a versão mais pura —, além de ecstasy e maconha

atualizado

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Nathalia Marques, corretora de imóveis que vendia drogas em Águas Claras
1 de 1 Nathalia Marques, corretora de imóveis que vendia drogas em Águas Claras - Foto: null

Nathalia Marques, 34 anos, corretora de imóveis presa em flagrante, na manhã desta sexta-feira (23/6), costuma compartilhar com os mais de 3 mil seguidores do Instagram sua rotina de trabalho, viagens e passeios. Moradora de Águas Claras, a investigada atuava ao lado de um suspeito de 35 anos, comercializando drogas gourmet por meio de aplicativos.

Como revelado pela coluna Na Mira, a traficante encontrou uma forma descontraída de se diferenciar no mercado ilegal e fidelizar clientes. As porções enviadas pela investigada eram acompanhadas de adesivos personalizados e brindes, como balas e itens para usar os entorpecentes.

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Ela se apresentava como corretora de imóveis
Pelas mídias sociais, Nathalia compartilhava a rotina de trabalho, viagens e passeios
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Nathalia Marques foi presa nesta sexta-feira (23/6)

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Ela se apresentava como corretora de imóveis

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Pelas mídias sociais, Nathalia compartilhava a rotina de trabalho, viagens e passeios

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Investigada foi presa enquanto embalava porções de cocaína para enviar a diversas partes do país

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Traficante atuava em Águas Claras e contava com ajuda de comparsa, de 35 anos, para vender drogas

Na casa de Nathalia, em Águas Claras, os policiais apreenderam cocaína, ketamina, diversos comprimidos de ecstasy, GHB, “loló”, variedades de skunk, LSD, balança de precisão e equipamentos para separar as drogas.

A suspeita também oferecia um cardápio com opções de cocaína, como escama de peixe — a versão mais pura —, ecstasy e maconha.

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Corretora foi autuada por tráfico de drogas
Equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) conduziram as investigações
Clientes recebiam brindes
Suspeita enviava droga por meio de transporte por aplicativo ou motorista particular
Investigada foi presa em Águas Claras
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Cardápio com tipos de drogas oferecidas

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Corretora foi autuada por tráfico de drogas

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Equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) conduziram as investigações

Reprodução/Twitter
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Clientes recebiam brindes

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Suspeita enviava droga por meio de transporte por aplicativo ou motorista particular

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Investigada foi presa em Águas Claras

No anúncio obtido pela coluna Na Mira, quem desejasse receber a encomenda por meio de transporte por aplicativo teria de pagar taxa de R$ 2, para custeio da embalagem de presente que disfarçava o conteúdo da encomenda. Contudo, a traficante oferecia serviço de motorista particular e até entregava as drogas na porta do prédio do cliente.

Assista:

O comparsa de Nathalia também é investigado por atuar no tráfico. A polícia descobriu que a dupla vendia drogas especialmente para o público LGBTQIA+.

As apurações, que duraram cerca de quatro meses, comprovaram que os suspeitos usavam as redes sociais, principalmente aplicativos como WhatsApp e Grindr, para cooptar clientes e anunciar os entorpecentes.

Nesta sexta-feira (23/6), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, ainda, dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, em Águas Claras e Taguatinga. A dupla foi autuada pelos crimes de tráfico de drogas e associação para tráfico de drogas. A pena pelos crimes varia de 8 a 25 anos de prisão.

Nota do Creci-DF

Após a publicação da matéria, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF) emitiu uma nota manifestando “total repúdio à conduta, hipotecando total apoio às autoridades e colocando-se integralmente à disposição para auxiliar nas investigações e diligências”.

O conselho indicou que as duas pessoas presas, embora inscritas perante este Conselho, não foram presas no exercício das atividades de corretores de imóveis, até a presente data não têm contra si quaisquer processos éticos disciplinares. Entretanto, o Creci considera graves os atos narrados no auto de prisão em flagrante, além de não serem condizentes com o exercício da profissão.

“Diante deste contexto, em defesa da sociedade e cumprindo o papel de guardião da probidade e confiabilidade do ecossistema imobiliário, o Creci-DF promoveu diligências preliminares de caráter sumário para adoção de medidas cautelares que assegurem a respeitabilidade dos profissionais imobiliários do Distrito Federal”, afirma a nota.

Por fim, o conselho reforça seu total apoio às autoridades competentes, sempre à disposição para o cumprimento das leis e para promover as medidas cabíveis objetivando a devida responsabilização dos envolvidos.

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