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Saiba quais são as principais facções infiltradas no Distrito Federal

As operações das forças de segurança têm sido intensificadas para conter a influência dessas organizações

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Hugo Barreto/Metrópoles
Facção criminosa
1 de 1 Facção criminosa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Distrito Federal, tradicionalmente considerado uma área de menor violência se comparada a outras grandes cidades brasileiras, enfrenta desafios crescentes com a infiltração de facções criminosas. As operações das forças de segurança têm sido intensificadas para conter a influência dessas organizações.

A mais recente ação, a Operação Dog Head, deflagrada nesta quarta-feira (10/9) pela Polícia Civil (PCDF), visa desmantelar uma célula da facção Família do Norte (FDN) que busca dominar o tráfico na capital da república.

Principais Facções no Distrito Federal

  • Comboio do Cão (CDC)

Originário do DF, o Comboio do Cão é um dos grupos mais ativos e violentos da região. A facção tem uma longa história de crimes violentos, como homicídios e tráfico de drogas. A atuação do CDC é caracterizada por uma intensa disputa pelo controle de pontos de venda de drogas e áreas de influência, tanto dentro quanto fora dos presídios. Recentemente, a PCDF realizou operações significativas contra o grupo, incluindo a prisão de líderes em diversas regiões do Brasil.

  • Primeiro Comando da Capital (PCC)

O PCC, uma das maiores facções do país, também tem uma forte presença no Distrito Federal. Com origem em São Paulo, o grupo é conhecido por seu envolvimento em tráfico de drogas, assaltos e crimes violentos. O PCC tem se estabelecido na capital federal, intensificando as disputas territoriais, especialmente com o Comboio do Cão.

  • Comando Vermelho (CV)

O Comando Vermelho, fundado no Rio de Janeiro, é outra facção de destaque no DF. A facção rivaliza com o PCC e o CDC pelo controle do tráfico de drogas e outras atividades criminosas na região. O CV é conhecido por suas ações violentas e disputas internas com outras facções, afetando diretamente a segurança pública do DF.

  • Terceiro Comando Puro (TCP)

O TCP, originado no Rio de Janeiro, também tenta expandir suas atividades para o Distrito Federal. A facção é conhecida por práticas violentas e seu envolvimento em tráfico de drogas. A chegada do TCP ao DF foi identificada no final de 2022 e, desde então, o grupo tem sido alvo de investigações e operações policiais.

  • Amigos do Estado (ADE)

Embora o ADE tenha sua base em Goiás, sua influência se estende para o Entorno do DF. A facção é responsável por uma parte significativa dos homicídios em Goiás e mantém vínculos com o Comboio do Cão. O ADE está envolvido principalmente no tráfico de drogas e é conhecido por seu impacto violento nas comunidades goianas e no Entorno do DF.

  • Família do Norte (FDN)

Criada no Amazonas, a Família do Norte é uma das maiores facções do Brasil e busca laços fortes no DF. Em 2019, a Operação Gomorra foi realizada para desarticular uma célula da FDN na capital federal. O grupo é envolvido em tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e outros crimes, e continua a ser uma preocupação significativa para as autoridades locais.

  • Guardiões do Estado (GDE)

Embora não diretamente mencionada no Atlas da Violência, a GDE, originária do Ceará, já mostrou presença no Entorno do DF. A facção é conhecida por sua aliança com o PCC e rivalidade com o CV. A GDE é envolvida em tráfico de drogas e crimes violentos, sendo um dos grupos que as forças de segurança monitoram de perto.

De acordo com especialistas em segurança pública, a instalação de líderes de facções em presídios federais, como o de Brasília, e a compra de propriedades e negócios no Entorno do DF têm fomentado o fortalecimento das organizações criminosas.

Operação Dog Head

A Operação Dog Head, deflagrada pela PCDF, tem como objetivo desmantelar uma célula da FDN que estava tentando expandir seu controle no DF. A ação envolveu 196 policiais civis do DF, além de 117 policiais de outros estados, e contou com a colaboração de diversas unidades da PCDF, como a Divisão de Operações Especiais e a Divisão de Operações Aéreas. Foram cumpridas 127 medidas judiciais, incluindo 25 prisões temporárias, 51 buscas e apreensões, 27 sequestros de bens móveis e imóveis e 25 bloqueios de contas bancárias.

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O principal objetivo é estancar o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização
 Os alvos são ex-integrantes da facção Família do Norte (FDN) que teriam movimentado R$ 200 milhões por meio de empresas de fachada
No Distrito Federal, as diligências foram realizadas em Brasília, Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga Sul, Samambaia, Sobradinho, Gama, Setor de Mansões Park Way, Asa Norte, Riacho Fundo, Guará, Riacho Fundo II, Lago Norte, Vicente Pires, Setor Sudoeste, Cruzeiro Velho, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Ponte Alta Norte e Valparaíso (GO)
De acordo com as investigações, a quadrilha opera tanto no atacado, comercialização e transporte, como no varejo da venda de drogas
A Operação Dog Head, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), cumpre 127 medidas judiciais
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Em consequência da investigação, foi decretado o sequestro judicial de um imóvel, veículos e valores de inúmeras contas bancárias vinculadas aos investigados, laranjas e empresas fictícias

PCDF/Divulgação
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O principal objetivo é estancar o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização

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Os alvos são ex-integrantes da facção Família do Norte (FDN) que teriam movimentado R$ 200 milhões por meio de empresas de fachada

PCDF/Divulgação
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No Distrito Federal, as diligências foram realizadas em Brasília, Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga Sul, Samambaia, Sobradinho, Gama, Setor de Mansões Park Way, Asa Norte, Riacho Fundo, Guará, Riacho Fundo II, Lago Norte, Vicente Pires, Setor Sudoeste, Cruzeiro Velho, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Ponte Alta Norte e Valparaíso (GO)

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De acordo com as investigações, a quadrilha opera tanto no atacado, comercialização e transporte, como no varejo da venda de drogas

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A Operação Dog Head, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), cumpre 127 medidas judiciais

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Operação recebeu o nome Dog Head, em referência à região conhecida como Cabeça do Cachorro, na divisa com Colômbia, Peru e Venezuela

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Os investigadores descobriram que a célula da FDN estava envolvida em um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, movimentando R$ 200 milhões por meio de empresas de fachada. O foco principal da operação é enfraquecer a estrutura financeira da facção e estancar o fluxo de recursos destinados à compra de entorpecentes e manutenção das operações criminosas.

A operação recebeu o nome “Dog Head” em referência à região “Cabeça do Cachorro” no Amazonas, um ponto estratégico para o tráfico de drogas. As diligências foram realizadas em Brasília, várias cidades do Entorno e em outros estados, como Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima.

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