Saiba como foram os últimos momentos do estudante da UnB com vida
Corpo do jovem foi encontrado com marcas de facadas no peito, nessa 3ª feira, no quintal da casa onde ele e um grupo de amigos estavam
atualizado
Compartilhar notícia
Uma das últimas pessoas a ver com vida o estudante Lucas da Silva Resende Monte (foto em destaque), 20 anos, relatou que o jovem consumia drogas com amigos, quando seguiu sozinho para o quintal da casa onde o grupo estava, no Condomínio Alto da Boa Vista, em Sobradinho.
A testemunha afirmou que, no sábado (10/2), o universitário estava no sofá e assistia a um filme, quando se levantou; foi para o quintal do imóvel; voltou para o interior da casa; tomou banho; e retornou para o quintal. Os jovens sentiram falta do estudante por volta das 16h30, quando o longa-metragem acabou.
A depoente contou que Lucas era bissexual e que costumava ficar mais com mulheres. Além disso, detalhou o que o jovem tinha histórico de depressão, fases de baixa autoestima e supostos traumas da época em que era obeso; por isso o estudante dizia, segundo ela, ter dificuldades para acreditar quando uma jovem bonita aceitava se relacionar com ele.
A testemunha estava com Lucas e outros colegas quando todos decidiram continuar a festa na casa de um deles, em Sobradinho. Antes, ainda na sexta-feira (9/2), o grupo estaria em um bloco de pré-Carnaval no Setor Bancário Sul (SBS), segundo o amigo que morava no imóvel contou à polícia.
Na casa, os jovens teriam usado LSD e maconha. Ao perceberem que Lucas tinha sumido, os jovens fizeram buscas nas proximidades do imóvel, mas não o encontraram.
A depoente também disse à polícia ter visto o momento em que Lucas tentou ficar com um adolescente de 16 anos que estava com eles, mas acabou rejeitado pelo menor. Ainda segundo a testemunha, o universitário chegou a tentar “ficar” com ela, mas também não foi correspondido.
“Clima pesado”
O dono da casa em que Lucas foi encontrado morto contou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que o ambiente no local era de harmonia quando o grupo chegou à residência, mas que sentiu um “clima pesado” horas depois.
O depoente é pai do amigo que chamou Lucas para a casa no Condomínio Alto da Boa Vista, onde o estudante foi encontrado morto nessa terça-feira (13/2).
Lucas chegou ao endereço com o amigo e outros dois colegas, na madrugada de sábado (10/2), segundo o pai do anfitrião. O dono do imóvel passou a noite com o grupo, ajudou-os a montar uma fogueira e preparou “algo para comerem”.
Pela manhã, todos ficaram no andar de baixo da casa, “assistindo a filmes” e em “clima era de harmonia”, de acordo com o depoimento.
Por volta das 12h, o dono da casa teria saído para visitar um amigo e só voltado às 20h. Quando voltou, porém, percebeu que “o clima já estava pesado”. Preocupado, ele teria perguntado aos jovens se estava tudo certo, mas foi informado pelo filho de que Lucas havia saído. O depoente acrescentou que o grupo chegou a procurar pelo universitário, mas ninguém o encontrou.
Facadas
Lucas era estudante de educação física na Universidade de Brasília (UnB). Ele foi encontrado morto e com perfurações de arma branca – supostamente uma faca de cozinha – no tórax.
O universitário estava desaparecido desde a tarde de sábado (10/2), quando teria sumido sem levar os pertences. O grupo teria chegado à residência por volta das 2h daquele dia. O caso é investigado pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho).
À PCDF o morador da casa e amigo de Lucas relatou ter sabido de “um fato que causou desconforto” para a vítima e que o universitário teria tentado “ficar” com um dos colegas dentro da casa, mas foi rejeitado. Após a negativa, Lucas teria deixado a casa “por uma saída lateral”.