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A rotina do delegado Robson Cândido na carceragem da Polícia Civil

Robson Cândido não recebe visitas, com exceção de seus advogados. A Justiça considera liberar a visita de familiares a cada 15 dias

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Robson Cândido da Silva, ex-diretor-geral da PCDF
1 de 1 Robson Cândido da Silva, ex-diretor-geral da PCDF - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Preso há 19 dias na carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o ex-delegado-geral da corporação Robson Cândido mantém rotina semelhante à dos presos comuns.

A coluna apurou que Cândido está encarcerado em uma espécie de alojamento, adaptado com uma grade para mantê-lo isolado. O espaço é igual ao que foi ocupado pelo ex-secretário de segurança do DF Anderson Torres e por coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no 4º Batalhão da PM (Guará), presos por supostamente facilitarem a ação de vândalos durante os ataques do 8 de Janeiro.

Cândido não tem contato direto com os outros presos e está detido em um local vistoriado por Leila Cury, juíza da Vara de Execuções Penais (VEP). O delegado é monitorado 24h por câmeras de segurança, que são acessadas diretamente pela magistrada. O objetivo é garantir que não haja qualquer tipo de favorecimento pessoal a ele.

Sem visitas

A cela ocupada pelo ex-delegado-geral da PCDF conta com ar-condicionado, televisão, vaso sanitário e cama. Robson não recebe visitas, com exceção de seus advogados de defesa. A Justiça analisa a possibilidade de liberar visitas de familiares a cada 15 dias, mas o benefício ainda não foi concedido.

Preso preventivamente, o delegado se alimenta da mesma quentinha servida aos presos comuns detidos nas celas do DPE e toma banho de sol sozinho. Abatido, toma remédio controlado e é atendido pela psiquiatra na policlínica da corporação. Quando precisa, vai até a unidade de saúde com escolta, como qualquer detento.

A mesma coisa ocorre com as roupas usadas pelo delegado. Em regra, ele veste bermudas e blusas brancas e chinelo de borracha, estilo havaianas, da mesma cor.

O caso Robson Cândido

Cândido é acusado de monitorar uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, mesmo após deixar o cargo máximo da corporação. A informação está no pedido de prisão expedido contra ele.

A decisão da Justiça traz os motivos que justificam a prisão do delegado. “A vítima narrou que Robson a persegue, surpreendendo-a diversas vezes na rua e em locais por ela frequentados, o que fortalece os indícios da utilização indevida da medida de monitoramento para a prática do delito de stalking. Ademais, mesmo após ter sido intimado das medidas protetivas deferidas em favor da vítima, não foram tomadas medidas para encerrar o monitoramento eletrônico sobre a vítima”, diz o documento.

A apuração do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ressalta que os investigados – entre eles, Robson Cândido e o então delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Norte), Thiago Peralva – realizaram manobras nos autos de um processo criminal para inserir o telefone da mulher em um monitoramento ilegal.

“[Os dois] Também utilizaram-se de bens pertencentes à Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos, carros oficiais e celulares de outros delegados da Direção-Geral da PCDF, para a prática de delitos contra mulher em situação de violência doméstica”, diz a decisão.

O MPDFT, por meio do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), requereu a prisão preventiva do delegado Thiago Peralva – o pedido, porém, foi negado pelo juiz, que, como medida cautelar, impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento do policial das funções que ocupava. Além da delegacia, a casa de Peralva foi alvo de busca e apreensão.

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