Robôs de investimento: PF apreende cheques, dinheiro e cartões em operação. Vídeo
PF deflagrou operação que investiga crimes financeiros praticados por meio de robôs de investimentos e operações de câmbio não autorizadas
atualizado
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Carros de luxo e centenas de cheques foram apreendidos pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (17/5), durante a Operação Rompot. A ação da PF, em Campinas (SP), investiga crimes financeiros praticados por meio da venda de robôs de investimentos e operações de câmbio não autorizadas.
Veja o vídeo:
Depois de uma denúncia, a PF descobriu o perfil do investigado nas redes sociais que oferece sistemas automatizados de investimento conhecidos como robôs de investimentos. A Polícia Federal constatou-se que o investigado se muda constantemente de endereço, e o patrimônio, que inclui veículos de luxo para demonstrar poder econômico e riqueza, são registrados em nome de terceiros.
Operação
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17/5), a Operação Rompot para investigar crimes financeiros praticados por meio da venda de robôs de investimentos e operações de câmbio não autorizadas.
De acordo com a PF, os robôs estariam integrados a plataforma de corretora estrangeira. Eles estariam realizando automaticamente operações financeiras com opções binárias, modalidade de investimento de alto risco e não regulamentada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Além disso, os robôs vinculados à investigação não eram regulados pela CVM.
Para dar suporte às operações em corretora estrangeira, o investigado oferecia uma plataforma de câmbio de moeda, também sem autorização legal. Diante disso, a Polícia Federal identificou diversas pessoas que podem ter sido lesadas pelos sistemas ofertados pelo suspeito.
A investigação, iniciada em fevereiro deste ano, foi desenvolvida pelo grupo especializado em investigações de crimes contra o sistema financeiro da Polícia Federal.
As penas máximas previstas para os crimes praticados contra o mercado de capitais e contra o sistema financeiro, se somadas, podem chegar a 12 anos de prisão e gerar multa equivalente ao dano causado.