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Retirada de lava a jato termina com briga e confusão em Águas Claras

Segundo responsável pelo estabelecimento, policiais militares teriam agido com truculência e desferido agressões físicas e verbais

atualizado

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Abordagem da PMDF
1 de 1 Abordagem da PMDF - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A operação de retirada de um lava a jato irregular terminou com briga e confusão em Águas Claras na tarde de sexta-feira (21/1). Segundo testemunhas, membros da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do DF Legal teriam agido de forma truculenta, agredindo física e verbalmente Gabriel Matheus Gomes Feitoza, de 23 anos, responsável pelo empreendimento.

Por outro lado, pela versão dos agentes públicos, os trabalhadores do estabelecimento teriam inicialmente reagido com chutes, mordidas, ameaças e xingamentos.

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PMs imobilizam responsável pelo estabelecimento
Segundo testemunhas, houve excesso de violência na abordagem policial
No entanto, agentes públicos dizem que os responsáveis pelo  lava jato teriam reagido com ameaças e agressões
Moradores questionaram o emprego de spray de pimenta durante a ação
Gabriel Matheus, responsável pelo lava a jato, afirma que foi vítima de agressões físicas e verbais por parte dos policiais militares
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Operação de retirada de lava a jato termina com confusão em Águas Claras

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PMs imobilizam responsável pelo estabelecimento

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Segundo testemunhas, houve excesso de violência na abordagem policial

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No entanto, agentes públicos dizem que os responsáveis pelo lava jato teriam reagido com ameaças e agressões

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Moradores questionaram o emprego de spray de pimenta durante a ação

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Gabriel Matheus, responsável pelo lava a jato, afirma que foi vítima de agressões físicas e verbais por parte dos policiais militares

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O rapaz fez perícia e pretende buscar os órgãos competentes

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O Lava Jato Águas Beach recebia carros na quadra 204 de Águas Claras. “Eles chegaram agredindo. Me empurraram. Começaram a me dar murro. Jogaram spray de pimenta na minha cara. Me puxaram. E um deles do nada me enforcou”, desabafou Gabriel.

O homem teria gritado pedindo socorro para moradores. Neste momento, teria sido algemado. “Eu falei: por que eu estou sendo preso? Por que eu estou sendo preso? Não falaram. Começaram a me enforcar mais e me jogaram no chão”, contou.

Gabriel foi conduzido para uma viatura da PMDF. “Eles estavam rindo de mim. E começaram a acelerar a viatura. E eu bati minha cabeça quando passaram em um quebra-molas. E eles falaram assim: ele fazendo certo ou errado, eles têm que ter medo da gente”, relatou.

Segundo Gabriel, os policiais teriam proferido agressões verbais e psicológicas. “Ficaram o tempo todo me humilhando”, resumiu. “Você é mais um, mais um. Não vai dar nada para gente.”

O rapaz foi conduzido para a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga). Segundo Gabriel, o lava a jato estava mesmo irregular. O trabalhador tentou conseguir a documentação na Administração Regional de Águas Claras, mas não teve sucesso. No entanto, para ele, isso não justifica a truculência.

“Eu estou com medo de sair na rua. Porque esses policiais podem fazer alguma coisa comigo”, afirmou. Gabriel fez perícia após as supostas agressões e pretende prestar queixa aos órgãos competentes.

O caso também chegou ao conhecimento da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). “Vamos questionar o DF legal pela ação truculenta e desnecessária”, pontuou o presidente da comissão, deputado distrital Fábio Felix (PSol).

Em depoimento na 20ª DP, policiais militares alegaram que funcionários do lava a jato teriam reagido e agredido os agentes públicos durante a retirada com xingamentos e chutes. Um deles teria pego um toco para jogar no carro do DF Legal.

Segundo o relato de um membro do DF Legal, os funcionários do lava jato teriam proferido ameaças de morte. Teriam então desferido chutes e mordidas, ferindo dois dos funcionários do apoio operacional. De acordo com o testemunho, Gabriel seria o mais violento.

Outro lado

Segundo o DF Legal, o lava-jato operava de forma irregular em área pública e foram apreendidos equipamentos e máquinas do estabelecimento. No entanto, segundo o órgão, o responsável pelo empreendimento reagiu com violência contra os agentes fiscais. O caso foi registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como crime de desobediência, ameaça e agressão.

Lei a nota completa do DF Legal:

O DF Legal informa que a fiscalização fez uma operação, nesta sexta-feira (21), em Águas Claras, de combate a lava-jatos que funcionavam irregularmente em área pública. Foram realizadas apreensões de máquinas e equipamentos utilizados nestas atividades irregulares.

Em relação à ação na praça da 204, o ambulante responsável pelo lava-jato irregular se insurgiu com violência contra os agentes fiscais, agredindo e tentando impedir a ação. Por isso, houve a necessidade de utilização de gás de pimenta para conter a violência, sendo o dono do lava-jato conduzido à delegacia, onde foi instaurado boletim de ocorrência por crime de desobediência, ameaça e agressão a agentes do DF Legal.

O Metrópoles também entrou em contato com a PMDF sobre o caso. O espaço permanece aberto para eventuais comentários das instituições.

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