“Rei do Skunk”: PF prende no DF investigado por tráfico de drogas
Foragido da Operação Rei do Skunk, investigado foi preso no Riacho Fundo por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e uso de documento falso
atualizado
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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (23/4), mandado de prisão contra um homem de 34 anos investigado por crimes relacionados ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. Alvo da Operação Rei do Skunk, o criminoso estava foragido desde dezembro último e foi encontrado no Riacho Fundo (DF).
O mandado de prisão partiu da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Ao ser abordado pela PF, o investigado chegou a apresentar uma carteira de identidade com indícios de falsificação.
Assim, além de ser indiciado por associação para o tráfico, tráfico de drogas com repercussão transnacional e lavagem de dinheiro, o criminoso foi autuado em flagrante por uso de documento falso, crime cuja pena pode chegar a seis anos de reclusão.
Operação Rei do Skunk
Deflagrada em dezembro último, em Brasília, a Operação Rei do Skunk ocorreu para desarticular uma associação criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas. A força-tarefa contou com apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Na ocasião, as equipes cumpriram 43 ordens judiciais – todas expedidas pela Justiça Federal no DF –, das quais nove eram mandados de prisão temporária; 14, de busca e apreensão; três, medidas cautelares diversas da prisão.
Dezessete pessoas físicas e jurídicas foram alvos de medidas de constrição patrimonial, que levaram ao bloqueio de R$ 12 milhões obtidos por meio dos crimes investigados.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, os policiais apreenderam diversos veículos de luxo, além de aproximadamente R$ 100 mil em espécie, bem como sete armas de fogo, mais de mil munições, 28 celulares lacrados, sem comprovação de nota fiscal, e diversas ampolas de anabolizantes.
Transporte clandestino
As investigações revelaram que as empresas tinham sede no DF e atuavam no transporte interestadual de mudanças. As firmas eram usadas para operacionalizar a movimentação de grandes quantidades de drogas e armas pelo país. Os produtos ilícitos eram armazenados em galpões vinculados aos investigados e, posteriormente, abasteciam grupos criminosos com atuação na capital do país, no Entorno e em outras unidades da Federação.
Em abril de 2023, a Polícia Civil do Amazonas (PCAM) apreendeu cerca de 700kg de cocaína transportados pelos investigados para o Distrito Federal. Dois meses depois, as autoridades apreenderam cerca de 350kg da droga, além de uma tonelada de skunk – maconha mais concentrada – e cinco fuzis.
As investigações constataram que as duas cargas apreendidas pertenciam ao grupo criminoso alvo das medidas judiciais.