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“Rata da Apple”: mulher lucra alto com falsa venda de iPhone e laptops

O perfil Liz Import, com aproximadamente 200 mil seguidores, foi apagado pelo Instagram após uma enxurrada de denúncias de golpe

atualizado

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1 de 1 mulher sorrindo - Foto: Reprodução
O desejo de ter o último modelo do iPhone ou um dos computadores sofisticados da Apple se transformou em pesadelo para centenas de pessoas ao redor do país. Cada uma delas viu o dinheiro investido desaparecer após cruzar o caminho de uma estelionatária que fez fama nas redes sociais por, supostamente, facilitar a importação de qualquer aparelho ou acessório com a famosa marca da maçã.
O perfil Liz Imports, com aproximadamente 200 mil seguidores, foi suspenso pelo Instagram após uma enxurrada de denúncias de golpe. A dona da página, Kesia Liz Neves Gomes Santos, ficou conhecida na internet por importar produtos da Apple e revendê-los mais em conta do que no comércio brasileiro. No entanto, após a compra, os clientes nunca recebiam os produtos. Os prejuízos, segundo as vítimas, já ultrapassaram os R$ 300 mil.
Grupos no WhatsApp e vários perfis de alerta no Instagram foram criados para chamar a atenção de futuras vítimas sobre os golpes praticados pela chamada “Rata da Apple”. A coluna conseguiu localizar algumas vítimas da golpista em pelo menos 10 estados e no Distrito Federal. Na Justiça, a estelionatária responde a pelo menos 133 processos na esfera cível.
Veja prints dos perfis de alerta contra a rata da Apple:
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Existem mais de 130 processos em tramitação contra a a golpista
Vários perfis de alerta contra a ação da golpista foram criados no Instagram
Existem pelo menos 113 processos na esfera civil contra a rata da Apple
A Polícia Civil de dez estados investigam a ação da estelionatária
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Um dos perfis de alerta contra a rata da Apple

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Existem mais de 130 processos em tramitação contra a a golpista

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Vários perfis de alerta contra a ação da golpista foram criados no Instagram

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Existem pelo menos 113 processos na esfera civil contra a rata da Apple

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A Polícia Civil de dez estados investigam a ação da estelionatária

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Esquema sofisticado

De acordo com uma vítima ouvida pela coluna, Liz conta com uma rede de contatos tanto no Brasil quanto no exterior para tocar seus negócios. “Ela recrutou meninas nas redes sociais que ligavam para pessoas com o sonho de ter um iPhone novo. Elas passaram a fazer uma espécie de call center atendendo clientes por meio do WhatsApp”, disse.

Pessoas lesadas pela estelionatária descobriram que as atendentes eram convencidas a abrirem contas bancárias e a criarem CNPJs para movimentar o dinheiro faturado com a venda dos aparelhos que nunca chegavam às mãos das vítimas. “O dinheiro jamais passava pela conta de Liz. As atendentes, que eram de Rio de Janeiro e São Paulo, são tão vítimas quanto as pessoas desavisadas que compraram os aparelhos. Essas moças, atualmente, estão com as contas bloqueadas e não conseguem abrir novas contas”, explicou.

A golpista, de acordo com vários clientes que compraram os aparelhos e nunca receberam, se mantém em local sigiloso para nunca ser alcançada pelos oficiais de Justiça e evitar a assinatura das citações para responder aos processos. “Dizem que ela se esconde nos Estados Unidos, mas há informações de que poderia estar em solo brasileiro, mas não conseguimos achá-la ainda”, contou outra pessoa lesada.

Muitas perdas

A coluna conversou com o administrador Sérgio Ricardo Farias, de 27 anos, que mora em Teresina, no Piauí. Ele é uma das centenas de vítimas que amargaram prejuízo após caírem na lábia da golpista. Sérgio pagou R$ 18,6 mil por dois iPhones 14 Pro Max jamais entregues ao destinatário. “Foi um golpe que começou em setembro do ano passado e ainda prossegue”, afirmou.

Ricardo revelou que a mulher inventa uma série de desculpas para protelar o envio dos celulares, sempre para ganhar tempo. “Ela fala que está doente depois que houve problema com a transportadora e assim por diante. As vítimas foram se acumulando e hoje o prejuízo, provavelmente, é impagável”, desabafou.

O administrador contou, ainda, que as vítimas conseguiram identificar que grandes quantias em dinheiro eram repassadas para a namorada da golpista, uma piloto automobilística que mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. “Essa piloto gosta de ostentar nas redes sociais, sempre com carros sofisticados. Existe essa suspeita que nosso dinheiro pode ter financiado muita coisa para ela”, disse.

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