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Rapaz pediu socorro quando estava em motel com coronel; leia mensagens

Ele ainda enviou fotos do carro e da pistola do PM ao colega. Os dois foram presos: o oficial por estupro e o rapaz por disparo de arma

atualizado

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Reprodução
arma na cintura de um homem
1 de 1 arma na cintura de um homem - Foto: Reprodução

O jovem de 21 anos que estava na companhia do coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Edilson Martins da Silva, 47, no Motel Fiesta, em Taguatinga Norte, enviou mensagens a um amigo durante o trajeto de entrada no carro do PM até a chegada ao estabelecimento. O rapaz ainda mandou a localização duas vezes e enviou fotos da arma do oficial e do carro.

Na conversa, é possível ver que o amigo tentou ajudar o jovem dizendo que havia acionado a polícia. Ele ainda ligou seis vezes para o colega, mas não foi atendido.

Durante a conversa, o rapaz disse coisas como: “Um PM mandou eu entrar no carro dele” e: “O bicho tá pondo arma na minha cabeça”. A última mensagem enviada pelo jovem foi: “Tô preso amigo”, às 9h da manhã de sábado (9/4), quando ele e o PM foram detidos no motel.

Leia a conversa completa:

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Em uma das mensagens, o rapaz diz ao amigo que está com uma arma apontada para a cabeça
Desesperado, o amigo do rapaz tenta encontrar uma solução
Ao amigo, o jovem diz ter medo de morrer
Na última troca de mensagens entre os dois, o rapaz diz que está preso
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Mensagens mostram jovem e amigo em um diálogo tenso

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Em uma das mensagens, o rapaz diz ao amigo que está com uma arma apontada para a cabeça

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Desesperado, o amigo do rapaz tenta encontrar uma solução

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Ao amigo, o jovem diz ter medo de morrer

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Na última troca de mensagens entre os dois, o rapaz diz que está preso

 

Coronel da PMDF flagrado em motel com jovem está internado em UTI

As mensagens foram anexadas no processo do caso, enviado ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). O coronel foi detido e autuado pelo crime de estupro por forçar relações sexuais. Ele foi internado em um hospital particular do DF após alegar mal-estar durante exame no Instituto Médico Legal (IML). O jovem está preso por disparo com arma de fogo e aguarda audiência de custódia.

Desentendimento

De acordo com o rapaz, ele foi abordado pelo coronel Edilson enquanto voltava a pé para casa, após se encontrar com um amigo em uma distribuidora de bebidas de Taguatinga. O policial teria oferecido uma carona e o convidado para, juntos, usarem drogas. Já dentro do carro do oficial, o jovem teria percebido que Edilson estava armado. Segundo ele, o policial o ameaçou e o coagiu a fazer sexo.

O rapaz detalhou que, dentro do veículo, o coronel começou a passar a mão na perna dele e em seu órgão genital e praticou sexo oral, com o carro em movimento. O jovem alega ter sido levado contra a vontade para um motel, após os dois terem consumido os entorpecentes.

O jovem contou que só aceitou entrar no motel porque se sentiu ameaçado por Edilson, que teria colocado a arma em sua cabeça. No quarto, eles usaram a banheira e chegaram a abrir uma camisinha, mas ambos negaram ter havido penetração.

Ele alegou que efetuou os disparos com a arma do oficial após ser impedido de deixar as dependências do local, já pela manhã. Em conversa com os policiais civis que atenderam a ocorrência, o rapaz mencionou que, após consumirem drogas no motel, os dois se desentenderam. Após a discussão, ele trancou o coronel da PM dentro da suíte e tentou sair do estabelecimento com o carro e a arma do oficial. Ninguém ficou ferido.

Edilson confirmou a versão do rapaz, mas negou que os atos sexuais tenham sido forçados. Segundo o coronel, tanto o sexo oral praticado por ele quanto pelo rapaz foram consentidos. Até a última atualização desta reportagem, ambos estavam presos: o coronel, por estupro; e o jovem, por disparo de arma de fogo.

O coronel é diretor de Apoio Logístico e Finanças, do Departamento de Logística e Finanças, do Comando-Geral da PMDF.

Em nota enviada ao Metrópoles, a PMDF comunicou que “será aberto processo apuratório para esclarecimento das circunstâncias do fato e que a corporação não coaduna com nenhum tipo de desvio de conduta de quaisquer de seus integrantes”.

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