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Raiva: corpo de gato recolhido na UnB é analisado por peritos da PCDF

Após analisarem o local durante cerca de 20 minutos, fotografarem o felino e o levarem para o IC, peritos devem fazer o exame nesta segunda

atualizado

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Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA)
1 de 1 Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) - Foto: PCDF/Divulgação

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) recolheram o corpo de um gato, morto dentro do campus da Universidade de Brasília (UnB), no sábado (6/8). O animal pode ser o suspeito de ter infectado o jovem de 18 anos que morreu com raiva humana no Distrito Federal, em 30 de julho. O óbito do rapaz foi o primeiro registrado na capital do país após 44 anos de erradicação da doença.

Após analisarem o local por cerca de 20 minutos, fotografarem o felino e o levarem para o IC, peritos devem fazer os exames no corpo do animal nesta segunda-feira (8/8). O trabalho será desenvolvido pela Seção de Engenharia Legal e Meio Ambiente (Selma) do IC.

Prazo

O gato recolhido na UnB pode ser a chave para desvendar o vetor da doença. Na última semana, a família da vítima havia questionado qual teria sido, de fato, o animal infectado pela doença e que contaminou o estudante. Em nota, os parentes da vítima afirmam que a gata citada como vetor de transmissão do vírus permaneceu saudável por 24 dias após a arranhadura que provocou no jovem em 15 de maio.

“O que por si já torna descartada a hipótese sustentada pelas autoridades sanitárias, visto que qualquer mamífero que transmite a raiva é portador final do vírus, pois, necessariamente, morre entre cinco e sete dias do adoecimento estabelecido por protocolos internacionais, o prazo de segurança de 10 dias de observação de um animal suspeito”, diz o texto.

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença
Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível
A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões
Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada
Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal
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A raiva é uma doença viral extremamente infecciosa. Ela acomete mamíferos e pode ser transmitida de animais para humanos, momento em que passa a ser chamada de raiva humana. A enfermidade, causada pelo vírus rábico, é caracterizada como uma encefalite progressiva e pode levar à morte

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Os animais que transmitem o vírus para os humanos são, principalmente, cães e gatos, mas todos os animais de sangue quente, desde que estejam infectados, podem ser transmissores. Morcegos que consomem sangue, raposas, guaxinins, macacos, bois, galinhas e porcos, por exemplo, também podem passar a doença

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Quando não tratada, a raiva humana pode levar à morte dentro de 7 dias, aproximadamente. Por isso, após a exposição ao vírus ou a partir do início dos sintomas é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível

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A forma mais comum de transmissão da raiva é através da mordida de um animal, pois é preciso que a saliva infectada entre em contato com uma ferida na pele ou com a membrana dos olhos, nariz ou boca do outro indivíduo. Sendo mais raro, portanto, que aconteça por meio de arranhões

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Após o vírus adentrar o organismo, os sintomas da raiva em humanos começam a surgir em aproximadamente 45 dias. A manifestação da doença é semelhante a de uma gripe, tais como: dor na cabeça, mal estar, irritabilidade, fraqueza e febre. Além disso, no local da mordida também pode surgir algum desconforto, como sensação de formigamento ou de picada

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Conforme a progressão da doença, novos sintomas se manifestam, e, geralmente, relacionados com a função cerebral, tais como: confusão mental, ansiedade, comportamento anormal, agitação, alucinações e insônia. Quando surgem esses sintomas, o desfecho costuma ser fatal

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A raiva humana tem vacina, que deve ser aplicada em duas doses, com sete dias de intervalo. Por isso a importância de procurar socorro médico com urgência para que ela possa ser eficaz. Caso a doença esteja em quadro avançado, as chances de êxito diminuem

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Em animais, o principal meio de evitar a raiva é através da vacinação. O imunizante faz parte do calendário obrigatório para cães e gatos no Brasil

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Os familiares frisam que o jovem não tinha o costume de frequentar ambientes silvestres e que a única mudança na rotina do rapaz foi a volta às aulas presenciais na Universidade de Brasília (UnB). “A única alteração em sua rotina foi o ingresso no 1º semestre na Universidade de Brasília (UnB), em 6/6/2022, que coincidiu com o retorno presencial das aulas após 2 anos e 3 meses de lockdown devido à pandemia da Covid-19”.

Ainda segundo a família, em 8 de junho, o jovem teve contato com um gato no campus da universidade.

“[…] Um gato, cinza e branco, nas intermediações do ICC Central, com comportamentos estranhos chamou a atenção do jovem, que o apelidou de ‘gato chapado’, pois possuía olhar vesgo, muito brilhante e atento para o teto do local, era arisco e não se misturava com os demais, além do andar trôpego e cambaleante”.

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O adolescente teria tido contato com o gato na universidade em 8 de junho
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Adolescente morreu em 30 de julho

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O adolescente teria tido contato com o gato na universidade em 8 de junho

Material cedido ao Metrópoles

Veja a nota da família na íntegra: 

Respostas

A família afirma que entrou em contato com o Ministério Público pleiteando a devida apuração da execução das ações e das estratégias de vigilância, prevenção e controle de zoonoses pela Vigilância Ambiental.

Procurado, o diretor substituto de Vigilância Ambiental da SES-DF, Laurício Monteiro, explicou que, desde o início do caso, a pasta realizou todo o trabalho de profilaxia. “Não nos detemos apenas na região em que a vítima morava. Fizemos e estamos fazendo trabalhos em todo o DF”, disse.

Ele reforçou que não há registros de que o gato da UnB tenha arranhado, mordido ou lambido o jovem. “Além disso, não podemos afirmar que a gata encontrada dias depois do incidente em que o menino foi arranhado é a mesma que o arranhou. Não temos como comprovar isso por meio de exames”, completou.

Em relação à UnB, Laurício destacou que há um trabalho junto à universidade de profilaxia em relação aos animais que circulam pelos campi. O gestor reforça a importância de se vacinar animais.

Em nota, a UnB informou que os animais que aceitam contato e que circulam pela universidade estão todos vacinados e não há registro de nenhum animal doente no campus. Além disso, entre os animais que morreram no último mês dentro da universidade, nenhum foi por causa de raiva.

Denúncia

Caso alguém desconfie que algum animal esteja com raiva é importante comunicar à Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, pelo Disque Saúde – 160 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Além disso, não pode matar o animal agressor. É preciso deixá-lo em observação durante 10 dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais. Ele deve receber água e comida, normalmente. Durante a observação, verificar se apresenta algum sinal suspeito de raiva (alteração de comportamento). Caso não seja possível observar o animal em casa, encaminhá-lo ao canil da Gerência de Vigilância Ambiental Zoonoses (GVAZ), Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde.

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