Quem são os colombianos que aterrorizam hospitais furtando equipamentos
A apuração da PCDF conseguiu confirmar a presença dos estrangeiros dentro do Hospital de Base no momento em que os aparelhos desapareceram
atualizado
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Investigadores da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) identificaram dois colombianos como os autores de um furto ocorrido nas dependências do Hospital de Base em 18 e abril. Os estrangeiros John Fredy Cardenas, 25 anos, e Jose Jesus Tamayo Zapata, 69, entraram na unidade de saúde referência do Distrito Federal e levaram quatro aparelhos essenciais para a rede pública da capital do país.
Os colombianos furtaram os únicos três duodenoscópios do Hospital de Base. Os equipamentos são usados para exame de colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE), necessário à verificação de vias biliares e pâncreas. Os aparelhos também servem para desobstruir vias do fígado quando o paciente apresenta pedras ou tumores no órgão.
As investigações da PCDF conseguiram confirmar a presença dos estrangeiros — além de uma mulher não identificada — dentro do Hospital de Base no momento em que os aparelhos desapareceram. A autoria do crime foi reforçada após os policiais comprovarem que um dos colombianos usava a mesma camisa durante o furto ocorrido em um hospital de Goiânia, em 20 de abril, ou seja, apenas dois dias após o furto ocorrido no Hospital de Base.
Câmeras
Uma das poucas câmeras instaladas no Hospital de Base registraram imagens de Jose Jesus Tamayo deixando a unidade de saúde com a mesma blusa usada no furto realizado no hospital goiano. Ele carregava uma bolsa onde, supostamente, estariam os equipamentos furtados.
Outros vídeos também flagraram o comparsa John Fredy Cardenas em uma das salas de espera da maior unidade de saúde do DF e, depois, circulando pelos corredores, sempre na companhia da mulher ainda não identificada. Logo depois, todos deixam o hospital. Antes do crime, o HBDF, referência em tratamentos de câncer, tinha só dois colonoscópios – agora, após o furto, ficou apenas com um aparelho.
Qualquer pessoa que reconheça os autores do crime pode fazer denúncias por meio do telefone 197, da PCDF, ou procurar a 5ª DP, que apura o caso.