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Quem são ministros de Lula que tiveram “zap” clonado por quadrilha

Segundo a PCDF, ao menos seis ministros do governo Lula (PT) tiveram perfis no WhatsApp clonados pelo grupo de estelionatários

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Camilo Santana, presidente lula e ministro Juscelino Filho conversam durante evento - metrópoles
1 de 1 Camilo Santana, presidente lula e ministro Juscelino Filho conversam durante evento - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou que ao menos seis ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram os perfis de WhatsApp “clonados” pelo grupo de estelionatários alvo de busca e apreensão em Recife (PE) e João Pessoa (PB), na manhã desta terça-feira (7/11).

Até o momento, foram identificadas como vítimas do grupo criminoso, entre outras autoridades, os ministros:

  • Jucelino Filho (Ministério das Comunicações);
  • Camilo Santana (Ministério da Educação);
  • Renan Filho (Ministério dos Transportes);
  • Rui Costa (Casa Civil);
  • Luiz Marinho (Ministério do Trabalho);
  • Carlos Lupi (Ministério da Previdência Social).
6 imagens
Camilo Santana é o ministro da Educação
O ministro dos Transportes, Renan Filho
Rui Costa, ministro da Casa Civil
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social
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Ministro Juscelino Filho viaja a Barcelona para o MWC 2024

Isac Nóbrega/MCom
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Camilo Santana é o ministro da Educação

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O ministro dos Transportes, Renan Filho

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Rui Costa, ministro da Casa Civil

Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
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Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho

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Carlos Lupi, ministro da Previdência Social

Hugo Barreto/Metrópoles

A Operação Alto Escalão foi deflagrada por agentes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Segundo a investigação, a quadrilha enganava as vítimas se passando por autoridades do primeiro escalão do Executivo federal clonando perfis de WhatsApp, utilizando suas imagens, nomes e informações colhidas em fontes abertas.

 

Como funcionava o esquema

Os criminosos diziam que os ministros não poderiam transferir diretamente, pois não poderiam vincular seu nome a tal pessoa, e que, depois de feito o pagamento solicitado, haveria o ressarcimento.

Em um dos casos, a quadrilha se passou por um ministro e contatou o presidente de uma associação comercial do interior de São Paulo dizendo que estava com uma demanda na cidade vizinha.

Em seguida, disse que uma pessoa ligada a ele faleceu em tal local e que precisava passar alguns recursos financeiros para a família, mas não estava conseguindo efetivar a transação financeira. Nesse contexto, o falso ministro pedia que alguém da associação o fizesse por ele, prometendo a devolução do valor.

Um fato que chamou a atenção dos investigadores é que os estelionatários tinham conhecimento da agenda das autoridades públicas pelas quais se passavam, pois tal ministro teria tido um compromisso político naquela mesma região dias antes, e a associação comercial que foi vítima teria participado desse encontro.

Investigação durou seis meses

Os fatos passaram a ser apurados pela 5ª DP após alguns dos ministros terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os nomes deles.

Após seis meses de investigação, os policiais da 5ª DP, com o auxílio das polícias civis de Pernambuco e da Paraíba, além de informações de gabinetes de alguns ministros, conseguiram identificar 10 integrantes do grupo criminoso, todos residentes nos dois estados nordestinos.

Na operação deflagrada nesta terça, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Recife e um em João Pessoa, nos endereços residenciais dos investigados.

Os policiais ainda tentam identificar o número de vítimas enganadas e de autoridades públicas utilizadas pelo grupo criminoso, como também quantificar o total de lucro obtido com os crimes perpetrados e o destino dado a tais valores.

Os autores estão sendo investigados pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.

Por cada fraude cometida, os suspeitos podem pegar de 4 a 8 anos de prisão.

A pena pelo crime de associação criminosa é de 1 a 3 anos de prisão.

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