Quem é o playboy do DF que lucrou alto traficando haxixe paquistanês
O traficante é servidor comissionado do GDF, com salário de R$ 3,1 mil, e jamais conseguiria bancar a vida de luxo que ostentava
atualizado
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Noitadas regadas a bebidas importadas, viagens para a Europa e muita curtição. A rotina sofisticada de Caio Fontana Boaventura (foto em destaque), 25 anos, sofreu reviravolta após ele ser preso, na quinta-feira (13/10), por investigadores da Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
O jovem é acusado de fornecer haxixe paquistanês para traficantes, que revendem a droga rara a usuários com alto poder aquisitivo da capital da República. Caio, que é servidor comissionado do GDF, nem de longe conseguiria bancar a vida de luxo que ostentava apenas com o salário pago pelos cofres públicos. Os rendimentos dele giravam em torno de R$ 3,1 mil líquidos.
Os registros das baladas e viagens para países, como Portugal e Itália, estampam as redes sociais do playboy do haxixe paquistanês. O jovem, segundo as investigações da 2ª DP, comercializava o grama da droga por R$ 55. Caio e o sócio dele no tráfico foram presos no momento em que entregariam porção do entorpecente para um comprador na Praça Municipal JK, no Eixo Monumental.
Veja fotos do playboy do haxixe paquistanês:
Investigações continuam
O fato de o distribuidor ter os canais para a aquisição da droga fez com que ele entrasse na mira dos investigadores. Agora, a polícia trabalha para traçar a rota de como o haxixe chegava ao DF.
Na manhã dessa sexta-feira (14/10), a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do servidor. Lá, as equipes encontraram mais porções de haxixe paquistanês. Ao todo, os investigadores apreenderam 110g da droga com a dupla. Caio deverá passar por audiência de custódia neste sábado (15/10).
Mais raro
Cada vez mais caro e raro, inclusive no Paquistão, o haxixe, também conhecido no Brasil como “paqui”, é feito sem solventes e não concentra altos teores de THC.
A produção de haxixe fica principalmente no noroeste do país asiático. A localidade é conhecida pelas províncias que não estão sob controle do governo. É considerada uma região tribal, onde drogas e armas são produzidas livremente.
O haxixe é cultivado nas regiões de Citral, Swat e Khaibar, porém diversas plantações de maconha foram convertidas em plantações de papoula para a produção de ópio, fazendo o haxixe paquistanês original ser bem raro atualmente.