Quem é o ex-administrador suspeito de vender terra pública por R$ 1 mi
Marcelo Gonçalves da Cunha assumiu a Administração Regional de Brazlândia em 2022 e movimentou um esquema de corrupção, segundo a PCDF
atualizado
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Investigado na Operação Colombo, deflagrada nesta terça-feira (14/5) pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), o chefe de gabinete do deputado distrital Iolando (MDB), Marcelo Gonçalves da Cunha, foi administrador regional de Brazlândia em 2022. O parlamentar não é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A PCDF não confirma a identidade do investigado, mas a coluna apurou que Cunha é o principal alvo da operação. Entre o tempo à frente da RA e a nomeação na Câmara Distrital (CLDF), em fevereiro deste ano, Cunha teria se envolvido em crimes de corrupção, segundo as investigações. Cunha é suspeito de negociar, no ano passado, um terreno da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) com um empresário de Brazlândia por R$ 1 milhão.
As apurações apontam, ainda, que o ex-administrador, antes de ser alvo de mandado de busca e apreensão nesta terça, negociava outro lote público com uma rede de supermercados. Após a Operação Colombo ser deflagrada, a venda caiu por terra.
Veja imagens do ex-administrador de Brazlândia investigado pela Polícia Civil:
A investigação
Cunha sofreu mandado de busca e apreensão quando estava em casa, em Brazlândia Supervalorizado, o lote público milionário está situado às margens do Lago Veredinha, área nobre da região.
O chefe de gabinete teria feito uma transação fraudulenta para que o empresário adquirisse o terreno. Dono de comércios na cidade, o homem já havia instalado água e luz no terreno. Ele foi preso por policiais civis da 18ª DP, em 25 de abril, na primeira fase da Operação Colombo. Atualmente, o empresário está em liberdade provisória.
Veja imagens do terreno da Terracap vendido pelo ex-administrador de Brazlândia:
Suspeita de corrupção
A apuração da Polícia Civil também apontou que, em 2022, Cunha recebeu valores de vários empresários que forneceram tendas e equipamentos de som e iluminação para três grandes eventos realizados em Brazlândia, com a organização da administração.
Laranjas teriam sido usados por Cunha para ocultar o caminho do dinheiro. Esses valores foram, supostamente, ocultados e dissimulados em contas de parentes dos investigados.