Quem é a brasiliense morta após cair de 4º andar em prédio na Holanda
Taiany Caroline Martins Matos morreu, aos 32 anos, após cair do 4º andar de um prédio na Holanda. Família descarta a hipótese de suicídio
atualizado
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A pedagoga brasiliense Taiany Caroline Martins Matos morreu, aos 32 anos, após cair do quarto andar de um prédio na província de Breda, na Holanda, na última sexta-feira (3/1). O caso foi revelado pela coluna Na Mira nesta terça (7/1).
Taiany Caroline nasceu e foi criada em Planaltina, no Distrito Federal. A pedagoga morava há seis anos na Bélgica. Há três meses, havia iniciado um namoro com o gerente de vendas holandês Edgard Van de Boom, 53 anos. Ela foi pedida em casamento pelo homem e planejava morar com ele, na Holanda.
A mulher gostava de viajar pelo mundo e, apesar de ser pedagoga, mudava de área de atuação, dependendo do país em que estava. Na Holanda, ela estava trabalhando como atendente em um pub e em um pizzaria.
Caroline veio a Planaltina pouco antes do Natal do ano passado, a fim de ficar com a família nas festas de fim de ano, mas voltou antes do Réveillon para passar a virada em Paris com o namorado.
Na noite anterior à morte, a brasiliense estava em uma festa com duas amigas também brasileiras. Apontado como ciumento e possessivo pelos familiares de Caroline, Edgard teria passado a noite e madrugada ligando para a namorada. Com medo, a pedagoga esperou amanhecer para voltar para casa.
Veja fotos de Taiany Caroline:
“Ela estava tentando fugir”
A família de Caroline não cogita a hipótese de a jovem ter tirado a própria vida. “Não há hipótese de ter ocorrido suicídio. As informações que temos é que ela estava tentando fugir de alguma situação. Ela estava com medo de voltar para casa justamente pelo fato de ele ser extremamente possessivo e ciumento”, explicou o irmão de Caroline, Rayan Martins de Oliveira.
Segundo Rayan, a irmã e o cunhado teriam protagonizado uma briga por causa do celular da vítima. O holandês queria ter acesso às mensagens de Caroline, que negou o aparelho ao homem e se trancou no quarto.
Enquanto Edgard forçava a porta, a brasileira teria colocado parte do corpo para fora da janela e se pendurado, na tentativa de escapar do companheiro, de acordo com Rayan. Em seguida, Caroline teria caído do 4º andar.
De acordo com a família da brasileira, a polícia holandesa informou a conclusão do inquérito em tempo recorde. “Só nos procuraram para explicar que a investigação havia terminado no dia seguinte e que não havia ocorrido crime, apenas um acidente fatal”, contou a irmã de Caroline, Nayani Martins.
“Tirou minha filha daqui viva”, diz mãe
A família de Taiany busca ajuda para pagar o traslado do corpo da jovem ao DF. O custo para liberar o corpo de Caroline e trazê-lo para o Brasil seria de 7 mil euros (pouco mais de 44 mil reais).
Segundo os parentes da vítima, o namorado dela, única pessoa que estava no imóvel no momento da queda, teria se recusado a ajudar no pagamento do transporte do corpo.
Uma mensagem enviada pela mãe da pedagoga a Edgard mostra o desespero da mulher ao pedir ajuda do genro. A coluna teve acesso ao texto.
“Edgard, pelo amor de Deus, você sabe mais do que ninguém que não tenho condições de custear a vinda do corpo da minha filha para o Brasil. Você tirou minha filha daqui viva, ela estava comigo em segurança, voltou para ficar com você e agora está morta. Tenha piedade de mim e da minha família”, implorou Eliane Martins.
Segundo a família da brasiliense, o holandês foi frio quando ligou avisando sobre a morte de Caroline. Edgard teria, em um primeiro momento, se prontificado a arcar com os custos para o transporte do corpo da namorada, mas mudou de ideia. O holandês, então, ofertou 500 euros.
“Preciso ter paz. Dia 27 de dezembro abracei minha filha viva, e ela foi para os seus braços, e agora ela está morta, e você não quer ajudar. Não faça isso, por favor, manda minha filha para casa. Você tem dinheiro e você sabe disso”, argumentou Eliane.
“A impressão que dá é que ele não quer que o corpo venha para o Brasil. Realmente não temos o valor necessário para arcar com todos os custos. Por isso, estamos contando com a ajuda de todos. Abrimos uma vaquinha por meio do CPF 076.943.301-47, em nome de Cauã Martins de Oliveira “, desabafou Nayani.