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Quadrilha usa operadora de plano de saúde para sonegar R$ 26 mi no DF

Segundo as investigações, o grupo criminoso teria sonegado, no mínimo, R$ 26,7 milhões em impostos devidos ao Distrito Federal

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (26/7), a Operação Bellevue para desmantelar um esquema criminoso de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O grupo teria sonegado cerca de R$ 26,7 milhões.

Segundo a investigação, uma organização criminosa utilizou em 2023 uma operadora de plano de saúde com inscrição suspensa junto à Agência Nacional de Saúde (ANS) para sonegar o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) devido ao DF.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR), nesta sexta-feira (26/7).

A investigação apontou que o grupo criminoso está atuando no DF desde 2017. Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão visando coibir os crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

As medidas judiciais, que contaram com a participaram da ação de 50 policiais da PCDF, estão sendo cumpridas em várias regiões do DF, entre elas: Lago Sul, Park Sul, Águas Claras e Gama.

Saúde desvirtuada

Segundo a PCDF, o esquema foi praticado pelo grupo por meio de uma empresa operadora de plano de saúde e outras empresas relacionadas à prestação de serviço na área de saúde, atuantes no DF.

De acordo com os investigadores, o grupo, no que diz respeito ao crime de lavagem de dinheiro, se utilizou de empresas de fachada, supostamente atuantes na área de saúde, para circulação milionária de ativos financeiros proveniente de sonegação, objetivando o fracionamento das quantias, a fim de dificultar o rastreamento e a detecção da origem dos valores obtidos de forma ilícita.

Laranjas

As empresas de fachada movimentaram quantias muito superiores ao faturamento declarado e atuavam contendo em seus quadros societários “laranjas”, como familiares e ex-empregados dos chefes do esquema criminoso.

Segundo a Polícia, “laranjas” foram usados nos contratos sociais das empresas de fachada tem o intuito de blindar os reais proprietários que se beneficiam do esquema criminoso.

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de Organização Criminosa (art. 2º, da Lei nº 12850/2013), Lavagem de Dinheiro (art. 1° da Lei 9613/98), Sonegação Fiscal (art. Art. 1º, I e II, c/c o Art. 12, I, ambos da Lei nº 8.137/90) e Falsidade Ideológica (art. 299 do Código Penal). Caso condenados, os suspeitos podem pegar até 26 anos de prisão.

BELLEVUE

O nome da operação, BELLEVUE, está relacionado com famoso Caso do Hospital Bellevue Stratford (1970): conhecido por ter hospedado a convenção na qual ocorreu o surto de Legionella em 1976 e foi investigado por diversas irregularidades financeiras. Durante as investigações, descobriu-se um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo funcionários do hospital e fornecedores.

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