Quadrilha usa barcos pesqueiros para mandar drogas à Europa
Os suspeitos são investigados por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas podem chegar a 33 anos de prisão
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (2/7), a Operação Narcopesca contra uma organização criminosa que atua na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros, com destino à Europa e África.
A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.
Policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro de imóveis, veículos, embarcações e bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e pessoas jurídicas.
As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 22ª Vara Federal de Porto Alegre, e são cumpridas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Segundo a PF, durante a investigação, ficou comprovado o envolvimento da organização criminosa no transporte de aproximadamente 4,6 toneladas de cocaína que iriam para Europa e três toneladas de haxixe que viriam para o Brasil.
A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados no flagrante, ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, que tentou inserir 21 kg de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.
Histórico
As investigações tiveram início em decorrência de informações recebidas após a deflagração da Operação Hinterland, ocorrida em 31 março de 2023, voltada à repressão tráfico transnacional de drogas, por meio marítimo, da América do Sul para a Europa.
Na ocasião, 200 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal do Brasil cumpriram 534 ordens judiciais, incluindo 17 mandados de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, bem como na cidade de Assunção, no Paraguai.