Quadrilha se passava por PCC e CV para extorquir comerciantes do país
Foram identificados três integrantes do bando, que tiveram as prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quarta-feira (31/7), a Operação Roubo Remoto contra associação criminosa que extorquia comerciantes de todo o país. A ação foi desencadeada pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) em conjunto com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).
Foram identificados três integrantes da associação criminosa, que tiveram as prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga. Os mandados são cumpridos em conjunto com sequestros de valores e outros quatro mandados de busca e apreensão na região de Cabo Frio (RJ) e na cidade do Rio de Janeiro. Os suspeitos responderão por extorsão, lavagem de capitais e associação criminosa, com penas que podem chegar a 28 anos de prisão.
As investigações tiveram início em 23 de abril deste ano, após a 17ª DP ser acionada sobre um roubo em andamento numa agência dos Correios em Taguatinga. Quando chegaram ao local, os policiais constataram que, na verdade, estava ocorrendo um golpe, no qual os autores simulavam um roubo ao telefone para exigir transferências bancárias.
Os criminosos fizeram uma ligação para o comércio, simularam estarem armados do lado de fora e exigiram a realização de transferências bancárias para não entrarem no estabelecimento atirando. A funcionária se assustou com as ameaças e acabou ligando para o chefe, que, sem entender ao certo o que estava acontecendo, acabou transferindo dinheiro para a conta dos bandidos.
No decorrer das investigações, foi constatado que os integrantes do grupo passavam o dia todo ligando para comércios de todo o país, simulando estarem armados em frente ao local e exigindo transferências bancárias, utilizando nome de facções criminosas, como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), e pesquisando as fachadas dos comércios na internet para dar veracidade ao golpe.
Também foram identificadas as pessoas responsáveis pelas contas bancárias utilizadas nos depósitos, as quais eram abertas em nome de laranjas para depois serem direcionadas aos golpistas.