Quadrilha que traficava brasileiras para Europa é alvo da PF
Há indícios de que o grupo criminoso atuante em rede de prostituição do Brasil possa estar ligado a uma máfia italiana
atualizado
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Na manhã desta terça-feira (23/8), a Polícia Federal deflagrou a Operação Lenocinium para desarticular uma associação criminosa voltada ao tráfico internacional de pessoas, para fins de exploração sexual, e ao tráfico internacional de drogas.
Policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e três de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de São Pedro da Aldeia, na cidade de Armação dos Búzios (RJ).
As medidas cautelares foram requeridas após as investigações da PF concluírem que uma mulher foi aliciada por um dos membros do grupo criminoso. Sob a promessa de trabalho na Itália, a vítima foi levada do Brasil à cidade de Empoli. No local, a brasileira foi mantida em cárcere privado, ameaçada e compelida a se prostituir diariamente.
A quadrilha foi descoberta pela Polícia Federal depois que uma vítima, que havia aceitado ir para a Itália com a promessa de emprego, conseguiu fugir após ser mantida em cárcere e sofrer exploração sexual.
Na cidade de Búzios, a jovem foi arregimentada por uma agenciadora e levada para a Itália com todas as despesas pagas, inclusive as taxas de emissão de passaporte na PF e a passagem aérea.
Além disso, a corporação afirma que as investigações serão aprofundadas para confirmar os indícios de que o grupo criminoso atuante na rede de prostituição do Brasil possa estar ligado a uma máfia italiana voltada ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, e ao envolvimento no tráfico de drogas para o exterior.
As penas para os crimes de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual e tráfico internacional de drogas variam de 4 a 20 anos de reclusão e multa.
De origem latina, o termo lenocinium significa tráfico de escravas para prostituição.