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Quadrilha que lucrou R$ 1 bilhão com venda de carros roubados é alvo da PCDF

Megaoperação ocorre em âmbito nacional, com apoio das polícias civis de São Paulo, do Espírito Santo, do Paraná e de Minas Gerais

atualizado

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Policiais civis cumprem, na manhã desta quarta-feira (1º/2), 24 mandados de busca e apreensão, em megaoperação contra uma quadrilha especializada em roubo de veículos, fraude de documentos e lavagem de dinheiro. Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado, ao menos, R$ 1 bilhão com os crimes.

O grupo, com atuação nacional, também lavava dinheiro para facções criminosas. O cumprimento das determinações judiciais ocorre nos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

Até a mais recente atualização desta reportagem, os policiais haviam apreendido quase R$ 1 milhão em espécie. A ação foi batizada de Hermera – em referência à deusa da luz, que se utilizava da beleza para enganar.

 

A investigação começou após uma vítima comprar um carro roubado em um site de vendas. Os criminosos falsificavam sinais identificadores dos veículos e vendiam a terceiros. Os encontros para negociação sempre ocorriam em locais públicos e, para dar ares de legalidade à transação, a quadrilha contava com a participação de uma mulher com “boa lábia” para ludibriar as vítimas.

Com as investigações, policiais da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos II  descobriram que, após firmar o negócio, as vítimas depositavam o dinheiro referente à compra, e a quantia era rapidamente sacada pelos criminosos. Em alguns casos, o intervalo entre a venda e a retirada do valor do banco era de apenas duas horas.

A rapidez com que a quadrilha reintegrava as quantias de origem ilícita na economia formal, por meio de distribuidoras de bebidas espalhadas pelo país, chamou a atenção da PCDF para a lavagem de dinheiro.

O grupo chegou a usar dezenas de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. A polícia identificou 11 empresas que receberam recursos ilícitos. Além disso, o esquema contava com dois operadores financeiros, responsáveis por administrar toda a trajetória do dinheiro até chegar à mão dos criminosos.

Ao longo da investigação, os policiais analisaram milhares de transações bancárias, com valores que, somados, ultrapassavam R$ 1 bilhão. Além das apreensões, houve bloqueio cautelar de valores nas contas dos suspeitos. A megaoperação, em âmbito nacional, teve apoio das polícias civis de São Paulo, do Espírito Santo, do Paraná e de Minas Gerais.

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