Quadrilha que lava dinheiro de drogas com imóveis de luxo é alvo da PF
Os imóveis são comprados por um narcotraficante internacional responsável pela remessa de diversos carregamentos de cocaína para a Europa
atualizado
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A Polícia Federal e a Receita Federal atuam, nesta terça-feira (15/03), na Operação Vertigem, que tem como objetivo reprimir e desarticular esquema de lavagem de dinheiro por meio da negociação e aquisição de apartamentos de alto padrão na cidade de Balneário Camboriú (SC). Os imóveis foram adquiridos com recursos do tráfico internacional de drogas.
Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão para as cidades de Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC) e Arapongas (PR). As autoridades também decretaram o sequestro de um imóvel de luxo.
As investigações revelaram que o esquema criminoso se deu mediante a realização de negócios jurídicos fraudulentos custeados com dinheiro de procedência ilícita. Os investigadores apontam que há subfaturamento do valor dos imóveis e a utilização de “laranja” como forma de ocultar a identidade do real comprador.
Os imóveis, de acordo com a PF, são comprados por um narcotraficante internacional, chefe do grupo criminoso, e responsável pela remessa de diversos carregamentos de cocaína para a Europa através do Porto de Paranaguá (PR).
Em relação a um dos apartamentos, a polícia identificou indícios do envolvimento da construtora responsável pelo empreendimento. Isso porque a empresa recebeu grande quantia de dinheiro, em espécie, sem qualquer formalização contratual ou a devida comunicação aos órgãos competentes.
Enterprise
O trabalho é um desdobramento da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal no em novembro de 2020 em diversos estados da Federação e no exterior para combater um conglomerado de Organizações Criminosas vocacionadas ao crime de tráfico internacional de drogas. A investigação deflagrada nesta terça recai sobre a lavagem de dinheiro perpetrada por um dos principais integrantes desta estrutura criminosa desmantelada na Operação Enterprise.
Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de 3 a 10 anos.
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