Quadrilha pagava até R$ 600 por motocicleta furtada no DF
Depois de furtar as motos, os ladrões as revendiam a receptadores em outras unidades da Federação por valores entre R$ 3 mil e R$ 7 mil
atualizado
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A quadrilha interestadual especializada no furto de motocicletas, que também atuava no DF, pagava até R$ 600 por veículo. Depois, a organização criminosa revendia as motos a receptadores por valores entre R$ 3 mil e R$ 7 mil. Nesta quarta-feira (27/7), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma megaoperação para coibir a ação do grupo criminoso.
Ladrões que furtam motos em segundos são alvo de operação da PCDF
Cerca de 200 agentes e delegados cumpriram 22 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão em Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo e nas cidades de Luziânia e Águas Lindas, no Entorno do DF, além de estados como Piauí e Bahia.
De acordo com a Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), as investigações da Operação Cavalo de Aço duraram cerca de dois anos e mapearam a ação dos criminosos em vários pontos da capital do país.
Segundo os investigadores, os ladrões furtavam as motos em dupla, e a rapidez com que usavam uma chave para quebrar a ignição e ligar o motor chamaram a atenção. Depois disso, o próximo passo do esquema era esconder a moto para despistar a ação da polícia, o que eles chamavam de “esfriamento”.
Em seguida, eles adulteravam as placas e o chassi das motocicletas e as revendiam para receptadores em outras unidades federativas.
Câmeras instaladas em comércios e prédios residenciais em várias regiões administrativas do DF flagraram a ação dos ladrões. Em determinadas ocasiões, alguns deles agiam em duplas. Após estacionarem ao lado da moto que seria furtada, um deles desce rapidamente, olha para os lados e usa uma chave micha para romper a ignição da moto. O grupo tinha preferência por veículos fabricados entre os anos de 2020 e 2022.
Veja os criminoso em ação:
Veja imagens da operação:
Segundo o coordenador da Corpatri, delegado André Leite, as investigações conseguiram definir como o bando agia e individualizou a participação de cada um dos suspeitos. “Foram dois anos de apuração que demandaram um trabalho intenso. A ação de hoje deverá ser fundamental para ajudar na redução nos números de furtos de motos no DF”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, três homens estão foragidos. Douglas Vieira Barros, Gleison de Morais Feitosa e Thiago Mariano da Silva.
Saiba quem são:
A PCDF apurou que o grupo movimentou mais de R$ 500 mil em apenas um ano. A corporação também acredita que o desmantelamento do grupo causará redução nos índices de furto de veículos no DF.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, adulteração de sinais identificadores, receptação e lavagem de capitais; somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.