Grupo especializado em falsificar anabolizantes é alvo de megaoperação
PCDF cumpre um mandado de busca e apreensão em uma gráfica, em Taguatinga. Cerca de 500 mil embalagens de anabolizantes foram apreendidas.
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), participa da Operação Kairos junto à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra uma uma quadrilha especializada na falsificação de anabolizantes, feitos com repelentes de insetos.
A operação acontece em diversas cidades do país.
No total, são cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal (DF), com apoio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil da capital da República.
No Distrito Federal, os Policiais Civis da Cord cumprem um mandado de busca e apreensão em uma gráfica em Taguatinga. Cerca de 500 mil embalagens de anabolizantes foram apreendidas. O material seria utilizado para embalar as substâncias. Os produtos localizados serão encaminhados à perícia e, posteriormente, destruídos.
As investigações começaram em junho do ano passado. O Setor de Inteligência da polícia do Rio de Janeiro identificou grandes quantidades de anabolizantes enviadas diariamente pelos Correios para diversos endereços do Rio de Janeiro e para destinatários localizados em outros estados.
A quadrilha vendia os produtos em plataformas online e redes sociais, movimentando mais de R$ 80 milhões pelas contas bancárias de alguns dos investigados. Ainda neste período, a polícia apreendeu mais de 2 mil substâncias ilícitas que seriam remetidas, gerando um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso. Segundo a PCRJ, os investigados são responsáveis pelas marcas Next Pharmaceutics, Pharma Bulls, Thunder Group, Venon, Supreme, Kraft, Phenix e Blank.
Influenciadores
Como estratégia de maximizar as vendas, o grupo investigado patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de remunerar influenciadores digitais para alavancar as vendas.
A polícia também identificou diversos operadores financeiros do bando, que pulverizavam a entrada e saída de quantias milionárias para dificultar possíveis investigações. A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de todos os envolvidos.
Os denunciados responderão pelos crimes de associação criminosa, crime contra a saúde pública e crimes contra o consumidor. As penas somadas podem chegar a 22 anos de prisão.