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Produtora de Alexandre Pires se manifesta após cantor ser alvo da PF

Produtora informou que “desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa”

atualizado

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Alexandre Pires
1 de 1 Alexandre Pires - Foto: Divulgação

A Opus Entretenimento, empresa que agencia o canto Alexandre Pires e tem como um dos executivos Matheus Possebon, preso pela Polícia Federal (PF) nessa segunda-feira (4/12), se manifestou sobre a investigação que apura a participação dos dois em esquema de exploração de garimpo em terras Yanomami.

Por meio de nota, a produtora informou que “desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa”.

“Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos”, afirmou.

A defesa de Matheus Possebon também se manifestou e considerou a prisão do empresário “uma violência”. “[Ela] foi decretada por causa de uma única transação financeira com uma empresa com que ele não mantém qualquer relação comercial. Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que essa violência será prontamente desfeita e que ele poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação”, alegou o advogado Fábio Tofic Simantob, em nota.

A coluna Na Mira apurou detalhes da Operação Disco de Ouro, deflagrada nessa segunda-feira (4/12) pela PF. Fontes ouvidas pela reportagem informaram que o artista chegou a se trancar em uma das cabines de um cruzeiro atracado em Santos (SP) após a chegada das equipes, e os investigadores precisaram aguardá-lo sair.

A atitude, possivelmente, foi motivada pelo receio de ser preso. O celular do artista foi apreendido.

O cantor é suspeito de receber mais de R$ 1 milhão de uma mineradora que explora terras Yanomami. Já o empresário é apontado como operador financeiro de garimpeiros ilegais. No total, o esquema movimentou mais de R$ 250 milhões.

Possebon foi detido pelos investigadores ao desembarcar do navio. O empresário é um dos executivos da Opus Entretenimento, que gerencia a carreira de nomes famosos da música brasileira, como Daniel, Seu Jorge, Ana Carolina, Munhoz e Mariano, entre outros. Ele se arrisca, ainda, na carreira musical e tem gravações em estúdios internacionais.

Disco de Ouro

A PF deflagrou a operação nessa segunda-feira (4/12), quando cumpriu mandado de busca e apreensão contra o cantor, que se apresentava em um cruzeiro atracado em Santos.

Além disso, as equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

A Justiça determinou, ainda, o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos investigados.

Veja imagens:

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Delegado foi preso pela Polícia Federal em Angra dos Reis
Esquema teria contado com empresário do ramo musical de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes, bem como um cantor que teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada
Equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC)
Justiça determinou, ainda, sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos
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Polícia Federal (PF) deflagrou Operação Disco de Ouro na manhã desta segunda-feira (4/12)

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Delegado foi preso pela Polícia Federal em Angra dos Reis

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Esquema teria contado com empresário do ramo musical de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes, bem como um cantor que teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada

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Equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC)

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Justiça determinou, ainda, sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos

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A operação ocorreu como desdobramento de outra ação da PF, deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraída da TIY foram encontradas na sede de uma empresa investigada e eram preparadas para envio ao exterior.

O inquérito policial revela que o esquema seria voltado para “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra Yanomami e que o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), supostamente transportado para Roraima para tratamento.

As investigações mostraram que a dinâmica ocorreria apenas no papel, pois o minério seria originário do próprio estado de Roraima. À época, a PF identificou transações financeiras que envolviam toda a cadeia produtiva do esquema, com participação de pilotos de aeronaves, além do auxílio de postos de combustíveis, lojas de máquinas, equipamentos para mineração e “laranjas”, para encobrir movimentações fraudulentas.

Perfil do cantor

Em 1989, o cantor Alexandre Pires fundou o grupo de pagode romântico Só Pra Contrariar. A carreira como vocalista — até sair do grupo, no início dos anos 2000 — deu fama ao artista. Entre os sucessos do SPC, destacam-se “Essa Tal Liberdade” e “Que Se Chama Amor”.

 

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Empresário dele, Matheus Possebon, foi preso em flagrante
Cantor teria recebido ao menos R$ 1 milhão
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Alexandre Pires se apresentava em navio atracado em Santos (SP)

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Empresário dele, Matheus Possebon, foi preso em flagrante

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Cantor teria recebido ao menos R$ 1 milhão

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