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Procurador que atirou contra mãe é condenado a 5 anos em regime aberto

Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza, 60 anos, atirou contra cunhado e acertou a própria mãe. Caso ocorreu em julho de 2021, no Lago Sul

atualizado

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1 de 1 arsenal - Foto: Divulgação/ PMDF

O procurador jurídico da Infraero, Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza, de 60 anos, foi condenado a três anos de reclusão, em regime aberto, por atirar contra o cunhado e acertar a própria mãe. O caso aconteceu em julho de 2021, no Lago Sul. O servidor federal também foi sentenciado a cumprir dois anos de detenção por porte ilegal de arma de fogo.

À época, Henrique teria bebido e agredido, durante todo o dia, a própria esposa e a irmã. O cunhado de Henrique acabou investindo contra ele ao tentar intervir, mas a briga foi separada por um amigo da família.

O servidor federal, então, pegou um revólver calibre .38 e atirou pelo menos três vezes no amigo, acreditando ser o cunhado. Um dos disparos atingiu o braço da mãe, que foi socorrida com vida.

Após o incidente, o procurador teria se trancado em um quarto. Os policiais militares negociaram com o homem, e o episódio de terror acabou com a prisão de Henrique Celso.

Ele estava com arsenal de 10 armas de fogo e centenas de munições, em uma residência na QI 28 do Lago Sul, segundo a Polícia Militar do DF.

Na decisão proferida nessa sexta-feira (19/7), o juiz Paulo Rogério Santos Giordano condenou o procurador a três anos de reclusão e dois anos de detenção, mais multa de 100 dias, pela tentativa de homicídio simples e por posse ilegal de arma de fogo.

“Trata-se de acusado primário e de bons antecedentes. As consequências do crime são aquelas que normalmente cercam a espécie delitiva. Segundo a prova colhida é preciso ressaltar que o acusado sempre possuiu boa conduta social. O acusado respondeu solto ao processo, e, assim, poderá apelar em liberdade”, decidiu o magistrado.

Henrique foi preso em 24 de julho de 2021. Porém, no dia 28 do mesmo mês, obteve liminar para deixar a prisão. Em habeas corpus, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Silvanio Barbosa dos Santos relaxou a prisão preventiva de Henrique Celso e o proibiu de se aproximar da esposa por distância menor do que 300 metros. Santos determinou a expedição do alvará de soltura do réu.

Henrique Celso atuou como corregedor-geral da Infraero. Em 2011, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente aprovar contratos sem licitação firmados pela estatal em Mato Grosso, quando era procurador jurídico da empresa pública.

Ele foi cedido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A cessão foi efetivada, por tempo indeterminado, em setembro de 2020, por meio de documento publicado no Diário Oficial da União (DOU). O órgão, entretanto, informou que a cessão foi encerrada em julho de 2021.

O que diz a defesa

Procurada pela reportagem, a defesa do procurador alegou que Henrique já foi inocentado de três das cinco acusações que enfrentava na Justiça diante do caso, “uma decisão que reflete parcialmente nossa confiança na sua inocência”, destacou o advogado Karlos Eduardo de Souza Mares.

“No entanto, permanecemos firmes em nossa convicção de que ele é completamente inocente de todas as acusações. Diante disso, iremos recorrer das duas condenações restantes, buscando provar de forma definitiva a sua inocência. Acreditamos que, ao final desse processo, a justiça será plenamente alcançada, corrigindo todas as injustiças cometidas contra ele”, enfatizou a defesa.

De acordo com Karlos, o cliente dele foi absolvido da acusação de lesão corporal em ambiente doméstico contra a esposa, bem como da alegação de vias de fato contra a irmã, devido a uma suposta acusação de ter agredido-a. O promotor também era investigado por constrangimento de menores, pois o episódio teria ocorrido próximo ao neto dele.

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