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Cúpula do CV teme ser mandada a presídio federal após morte de médicos

Na avaliação dos chefões do CV, ir para um presídio federal seria como “morrer em vida”, por conta do rigor restritivo do regime

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Presídio-federal
1 de 1 Presídio-federal - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O temor em ocupar uma das celas de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em algum presídio federal do país teria motivado integrantes da cúpula da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) a julgar, condenar e executar os criminosos suspeitos de terem assassinado três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada dessa quinta-feira (5/10).

Desde a informação sobre órgãos de segurança ligados à área federal que trabalhariam na elaboração de uma lista com integrantes da facção que deveriam ser transferidos para presídios federais, a cúpula do CV suspendeu ações mais invasivas que chamassem a atenção das autoridades. A discrição foi por água abaixo com o assassinato, supostamente por engano, dos médicos.

Suspeitos da morte de médicos no Rio foram executados 12h após o crime

Dois de quatro corpos dos integrantes executados a mando da facção foram identificados. Os cadáveres seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. Segundo informações da polícia, Motta seria membro do CV, e era conhecido por Lesk. Ele teria migrado para o grupo criminoso após a invasão da facção na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Já Ryan seria membro o grupo liderado por Motta, chamado de “Equipe Sombra”.

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Philip Motta é conhecido como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos
Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio
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Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio

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Philip Motta é conhecido como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos

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Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio

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Presídio é “morrer em vida”

Na avaliação dos chefões do Comando Vermelho, ir para o sistema penitenciário federal seria como “morrer em vida”, por conta do rigor restritivo do regime e do isolamento severo do mundo exterior. Ao chamar a atenção das autoridades de todo país com o assassinato dos médicos, os membros do CV responsáveis pelo crime decretaram a própria sentença de morte.

A coluna apurou que após a execução dos criminosos, os membros do CV resolveram retirar os corpos da comunidade onde ocorreu o tribunal de rua e não queimá-los no local. A ação teria um motivo:  “aliviar o lado da polícia”, que estava sendo cobrada pelo governo em localizar e prender os autores. Indiretamente, a liderança da facção sabia que uma polícia pressionada pelo governo iria invadir a comunidade para dar uma resposta à sociedade.

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A polícia encontrou três corpos em Jacarepaguá
Na Gardênia Azul, a polícia investiga o que aconteceu
O corpo de Lesk foi encontrado na Gardênia Azul
O veículo foi alvo de diversos tiros
Philip Motta é conhecido como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos
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A suspeita da PC é que os corpos encontrados em Jacarepaguá sejam de criminosos envolvidos na morte dos três médicos

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A polícia encontrou três corpos em Jacarepaguá

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Na Gardênia Azul, a polícia investiga o que aconteceu

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O corpo de Lesk foi encontrado na Gardênia Azul

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O veículo foi alvo de diversos tiros

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Philip Motta é conhecido como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos

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Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio

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O médico Perseu Ribeiro de Almeida, 33 anos, morto no Rio de Janeiro

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Médico paulista Marcos Andrade Corsato, 63 anos, executado em quiosque do Rio de Janeiro

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O ortopedista Diego Bomfim

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Médico Daniel Sonnewend

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O crime

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim foram assassinados a tiros em um quiosque na orla do Rio de Janeiro na madrugada de quinta. O médico Daniel Sonnewend Proença também estava com o grupo, mas sobreviveu aos ferimentos e está internado na capital carioca.

A suspeita da polícia é que Perseu Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.

 

 

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