Presidente do PSDB Mulher registra BO de agressão contra os Belmonte
O caso teria acontecido após Paula Belmonte ter o nome vetado pela executiva nacional da sigla para disputar o governo do Distrito Federal
atualizado
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A presidente do PSDB-DF Mulher, Andréia Moura Zemuner, registrou boletim de ocorrência contra a deputada federal Paula Belmonte e o marido dela, Luiz Felipe Belmonte – presidente do PSC-DF – por agressão verbal. O caso teria acontecido na noite desta terça-feira (26/7), após a parlamentar ter o nome vetado pela executiva nacional da federação entre o PSDB e o Cidadania para disputar o governo do Distrito Federal.
Por 13 votos a 6, Paula perdeu o endosso nacional de correligionários para manter a candidatura majoritária ao Palácio do Buriti. O nome referendado foi o do senador tucano Izalci Lucas.
O Metrópoles apurou que o ocorrido é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher I (Deam). De acordo com relato à polícia, Andréia contou que Paula teria ficado “bastante contrariada” e alterada com o resultado da votação e que o marido dela a instigou a fazer uma gravação alegando que seria vítima de violência contra a mulher na política.
“Ela e o marido começaram a me ofender, aos gritos, dizendo que eu era mentirosa e me chamando de vários nomes. Fui me defender, afirmando que aquilo não era verdade e uma terceira pessoa deu um empurrão no meu braço para me impedir de falar”, detalha Andréia.
Diante da situação, um tumulto teria se formado na sede do partido e Luiz Felipe Belmonte teria reagido agressivamente, gritando: “Mentirosa é você. Bando de canalhas, covardes. Vocês não vão fazer isso com a minha mulher”.
“Aquilo que eles vinham tanto pregando e que era mentira, fizeram contra mim. Foi uma situação bem triste”, lamenta Andreia. De acordo com ela, na delegacia, um homem que supostamente trabalharia para o presidente do PSC-DF ainda teria tentando coagi-la a não registrar a ocorrência.
Segundo Andréia, várias pessoas que estavam no partido tiveram que intervir na confusão para que as agressões verbais cessassem. E, para evitar algo pior, retirou-se do local.
Belmonte
Procurada pela reportagem, a deputada federal Paula Belmonte informou que está triste e abalada com a situação e alega ter sido vítima de violência política. “Acredito que seja uma estratégia para reverter o jogo e desfocar o que realmente importa. Desviar da situação que ocorreu comigo”, disse.
De acordo com a parlamentar, a confusão teria se iniciado após ela gravar um vídeo lamentando o veto para disputar o Palácio do Buriti. “Não lembro do contexto, mas começaram a provocar. Nada além disso ocorreu. Muito triste. Nem imaginaria uma situação como essa”, alega.
Nota de repúdio
Após o ocorrido, o PSDB-Mulher manifestou-se por meio de nota sobre as declarações de Paula Belmonte de que o senador Izalci estaria cometendo uma “violência política contra mulheres” na
disputa pela indicação da Federação PSDB-Cidadania para o Governo do Distrito Federal.
“A disputa pela indicação ao GDF pela Federação está seguindo todas as regras legais, sem qualquer tipo de sexismo ou violência política contra qualquer pré-candidatura feminina”, afirma.
No texto, a sigla ressalta ser reconhecidamente, uma das seccionais partidárias pioneiras da luta feminina em Brasília e não abrirá mão de um debate correto e justo, o que não é o caso em
pauta. “As tucanas se mobilizarão para desmascarar essa falsa questão levantada pela parlamentar”, reforça.
“Por fim, repudiamos ainda a insidiosa tentativa de se usar o instituto da violência política contra a mulher para atender a conveniência própria de uma pré-candidata com o claro objetivo de sensibilizar as brasilienses”, acrescenta.