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Por ordem do interventor, bolsonaristas que voltavam ao QG a pé são presos

Cerca de 300 pessoas foram detidas em flagrante por atos terroristas no Eixo Monumental

atualizado

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PMDF entra em confronto com bolsoanristas que destruiram prédio publicos em protesto em brasília 19
1 de 1 PMDF entra em confronto com bolsoanristas que destruiram prédio publicos em protesto em brasília 19 - Foto: null

Manifestantes bolsonaristas que voltavam a pé da Esplanada dos Ministérios em direção ao Quartel-General do Exército em Brasília foram presos por ordem do interventor federal da segurança no DF, Ricardo Cappelli. Cerca de 300 pessoas foram detidas em flagrante, acusadas de atos terroristas.

O movimento dos terroristas de volta ao local onde estão acampados ocorreu após forças de segurança retomarem o controle da Esplanada dos Ministérios por volta das 21h deste domingo (8/1). Quase que em fila, os bolsonaristas seguiam pela faixa da direita do Eixo Monumental.

Muitos deles já especulavam a possibilidade de ter ônibus impedidos de ir embora ou não conseguirem voltar ao QG. Recém-chegados na capital perguntavam os melhores caminhos.

Prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto são retomados pela polícia

Após atos de vandalismo e terrorismo que deixaram prédios públicos na Praça Três Poderes destruídos, em Brasília, as forças de segurança conseguiram desocupar o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A Polícia Militar do DF desocupou o prédio do Congresso e mantém efetivo dentro da área para evitar novos ataques. Forças de Segurança pública também atuam na segurança dos outros locais públicos.

Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde deste domingo (8/1). Houve reclamações de falta de atuação da Polícia Militar do DF em conter os manifestantes. Assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decreto de intervenção federal na segurança pública do DF.

Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, comandará a operação de intervenção. A medida valerá, inicialmente, até o dia 31 de janeiro.

Destruição

Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas (veja fotos do interior do Palácio do Planalto depredado). Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.

O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.

“Deus está do nosso lado e vai jogar todo o gás pra eles de volta”, disse um dos manifestantes enquanto tentava invadir a Corte. “A polícia está com nós. A PM liberou para gente ficar aqui”, afirmou um bolsonarista.

Força-tarefa

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai constituir força-tarefa para promover o ajuizamento de ações com o objetivo de cobrar indenizações pelos danos causados ao patrimônio público durante os atos terroristas ocorridos em Brasília.

O grupo também ingressará com medidas judiciais para responsabilizar por improbidade agentes públicos por eventuais omissões dolosas que tornaram possíveis a prática de tais atos.

À força-tarefa caberá, ainda, o papel de acompanhar o desdobramento das apurações dos crimes praticados. A intenção da AGU é atuar como assistente da acusação de eventuais ações penais a serem ajuizadas pelo Ministério Público para responsabilização criminal dos autores dos atos ilegais.

“A AGU também ingressará na Justiça com ações de interdito proibitório para prevenção de novas investidas ilícitas contra o patrimônio público federal, incluindo os edifícios que abrigam os Poderes da República”, informou por meio de nota.

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