metropoles.com

Polícia investiga se estômago encontrado no Amazonas é humano

Além do material genético achado na lancha de Pelado, a polícia também identificou um estômago que foi encontrado boiando no Rio Javari

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Twitter
busca por indigenista e jornalista desaparecidos
1 de 1 busca por indigenista e jornalista desaparecidos - Foto: Reprodução/Twitter

O Instituto Nacional de Criminalística (INC) recebeu um estômago para análise. O órgão foi encontrado boiando no Rio Javari (AM) e chegou aos policiais junto com o sangue e material genético encontrados na lancha do pescador Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como Pelado.

Os policiais investigam se o órgão é humano e se pode ser do jornalista Dom Phillips ou do indigenista Bruno Pereira, desaparecidos há uma semana no Vale do Javari, no Amazonas.

Na última quinta-feira (9/6), a polícia encontrou vestígios de materiais genéticos na embarcação de pelado e encaminhou ao INC. O estômago foi encontrado no rio e também levado para análise, em Brasília. Familiares dos desaparecidos cederam material genético para servir de referência para o exame de DNA.

Neste sábado (11/6), durante conversa com a imprensa na saída de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “vísceras” foram encontradas pela Polícia Federal (PF) perto do local onde as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira estão sendo conduzidas.

A informação ao que o chefe do Executivo se refere foi revelada pela corporação na sexta-feira (10/6). Segundo a PF, os agentes encontraram “material orgânico aparentemente humano” no rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte. A região foi o último local onde o indigenista e o jornalista inglês foram vistos.

Já neste sábado (11/6), em uma nota à imprensa, a PF desmentiu boatos de que os corpos teriam sido encontrados

Novo nome

Material exclusivo obtido pela Coluna Na Mira, do Metrópoles, insere no caso o nome de um ribeirinho conhecido na região como Dos Santos. Pelos relatos do homem, que acompanhou a jornada de Bruno e Dom Phillips, do dia 3 ao dia 5 de junho, Dos Santos teria entrado no barco de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, com uma espingarda calibre 16.

Parentes de Dom e Bruno cedem material genético para comparação de DNA

De acordo com a testemunha, o indigenista e o jornalista britânico se deslocavam de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte no mesmo momento em que ele fazia a viagem, que dura cerca de quatro horas. No meio do caminho, ele relatou ter sido ultrapassado pela “voadora” (voadeira é uma embarcação movida a motor com estrutura e casco de metal, composta com motor de popa) de Bruno e Dom.

12 imagens
Alessandra Sampaio chora e faz apelo às autoridades
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa
Peter Phillips e William
1 de 12

Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
2 de 12

Alessandra Sampaio chora e faz apelo às autoridades

Reprodução/Twitter
3 de 12

Arquivo pessoal
4 de 12

Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
5 de 12

Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução
6 de 12

Peter Phillips e William

Max Mumby/Indigo/Getty Images
7 de 12

Reprodução
8 de 12

Protesto foi feito em frente à embaixada brasileira em Londres

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
9 de 12

Domonique Davies (direita), sobrinha de Dom Phillips, chora pelo tio

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
10 de 12

Sian Phillips, Gareth Phillips e Paul Sherwood, parentes do jornalista britânico, participam do protesto

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
11 de 12

O indigenista e o jornalista foram mortos na Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
12 de 12

Protesto em Londres pede que autoridades brasileiras elucidem o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Araújo

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images

Dois minutos depois, viu uma “voadora” de cor verde aparecer atrás dos dois. A testemunha logo identificou o barco verde como sendo de Pelado, pois já o conhecia.

O depoente continuou seguindo viagem para Atalaia do Norte quando foi parado por Dos Santos, nas proximidades de onde o ribeirinho mora, no Lago Ipuca. Dos Santos pediu ajuda ao depoente. “Me leva ali embaixo”, teria dito.

A testemunha levou o conhecido até um ponto do rio no qual avistaram a lancha de Pelado. Dos Santos, então, pediu para que o depoente o deixasse ali, pegou seu pequeno barco e foi remando ao encontro de Pelado. A testemunha percebeu que Dos Santos portava uma espingarda calibre 16 e uma cartucheira na cintura.

O homem não conseguiu ver dentro do barco de Pelado, mas relatou que ele estava sozinho até encontrar Dos Santos. De lá, os dois partiram para o lado oposto da testemunha, que foi para Atalaia do Norte. Quando chegou às margens do rio, já em Atalaia do Norte, no entanto, a família de Bruno o aguardava a fim de perguntar se ele sabia onde o indigenista estava. O depoente respondeu que o viu passar no rio.

Os desaparecidos

Dom Phillips é um jornalista britânico de 57 anos. Ele estava na região do Vale do Javari (AM) realizando pesquisa para um livro que escreve sobre a região da Amazônia. Dom é colaborador do jornal The Guardian e tem larga experiência na cobertura da região.

Bruno Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), estava de licença do órgão desde que foi exonerado, em 2019, e acompanhava Dom Phillips em um trabalho investigativo sobre pesca e extração de madeira ilegal na área.

Os dois desapareceram em 5 de junho, quando se deslocavam de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?