Polícia Federal prende condenado por genocídio de indígenas em 1993
O homem estava na rodoviária de Boa Vista (RR) quando foi preso. Agora, o genocida está à disposição da Justiça
atualizado
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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (5/5) um foragido da Justiça condenado por participação no genocídio de indígenas Ianomâmi ocorrido em 1993, que ficou conhecido como Massacre do Haximu. O homem estava na rodoviária de Boa Vista (RR) quando foi surpreendido pelos policiais.
O caso provocou uma grande comoção. À época, 16 homens, mulheres e crianças indígenas que habitavam uma região montanhosa de fronteira entre Brasil e Venezuela foram assassinados.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o conflito começou quando garimpeiros que exploravam ilegalmente a região não cumpriram promessas feitas a indígenas locais. Sete garimpeiros convidaram seis indígenas para caçar e, durante a caminhada, mataram quatro deles. Em retaliação, os indígenas assassinaram um dos garimpeiros. Esse foi o estopim para o massacre que ocorreu poucos dias depois.
Garimpeiros invadiram a área onde estavam alguns membros da tribo e mataram a tiros e golpes de facão doze indígenas: um homem adulto, duas idosas, uma mulher, três adolescentes, quatro crianças e um bebê.
Em 1996, Pedro Emiliano Garcia, Eliézio Monteiro Neri e Juvenal Silva, João Pereira de Morais e Francisco Alves Rodrigues foram condenados pela Justiça Federal de Roraima. Estes dois últimos faziam parte do grupo e só foram identificados plenamente durante o processo.
A Polícia Federal soube que um dos foragidos estava na rodoviária de Boa Vista e solicitou apoio da Polícia Militar do estado para realizar a prisão. O condenado foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.
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