PF faz operação contra desembargador suspeito de corrupção
Agentes públicos e advogados intermediaram o retardamento de julgamento e decisões favoráveis no interesse de uma empresa de educação
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (4/11), a Operação Pecunia non olet para combater crimes de corrupção praticados por membros do Poder Judiciário do estado de Alagoas. Os alvos são juízes que teriam recebido para emitir decisões. Um dos investigados é o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas Celyrio Adamastor Tenório (foto principal).
São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos estados de Alagoas e no Paraná.
A investigação aponta que agentes públicos e advogados intermediaram o retardamento de julgamento e proferimento de decisões favoráveis no interesse de uma empresa do ramo da educação. A contrapartida seriam pagamentos de gastos de um magistrado.
Se comprovada a participação dos envolvidos, eles poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de advocacia administrativa, situação em que agentes públicos promovem interesses ilegítimos, solicitando retardamento, ação ou omissão de atos de ofício, em contrariedade aos preceitos e princípios legais.