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Polícia Federal em SP vai investigar ação armada de Carla Zambelli

Superintendência regional da Polícia Federal vai analisar o caso em que Zambelli, do PL, sacou a arma e apontou para um homem no meio da rua

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Carla Zambelli com arma de fogo - Metrópoles
1 de 1 Carla Zambelli com arma de fogo - Metrópoles - Foto: Reprodução/Youtube

A Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo vai apurar o caso da confusão entre a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL) e um homem, ocorrido nesse sábado (29/10). Na ocasião, a parlamentar foi filmada com uma arma na mão enquanto apontava e perseguia o homem em via pública.

O segurança da deputada chegou a ser preso por dar um tiro para o alto no momento da confusão, mas, após pagamento de fiança, foi solto.

Carla Zambelli relatou que houve, na ocasião, um episódio de violência contra ela. “Eu não o agredi em momento nenhum. Eu saí do restaurante com o meu filho e agrediram a mim e ao meu filho. O que temos aí não é um crime de racismo, é um crime de agressão contra a mulher”, classificou.

Porém, vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram o homem e Zambelli trocando insultos por divergências políticas; ela é uma aliada fiel do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o homem, identificado como Luan Araújo, é petista. Após o bate-boca, Araújo provocou a deputada: “Te amo, espanhola”, o que fez com que ela e seus seguranças saíssem correndo atrás dele. Veja:

Zambelli deixa delegacia e diz que votará “armada e preparada”

Declarações

Ao deixar o 78º Distrito Policial de São Paulo, ainda no sábado, Zambelli afirmou que votaria armada neste domingo (30/10). “Vou votar armada, inclusive com colete à prova de balas. Eu estarei armada e preparada”, declarou.

Zambelli não ficou presa, apesar de resolução aprovada pelo TSE, em 2021, determinar que colecionadores, atiradores e caçadores são proibidos de portar armas no dia das eleições, nas 24h que antecedem o pleito e nas 24h que o sucedem.

Reações

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou notícia-crime contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) à Procuradoria-Geral da República (PGR), a qual deverá apresentar manifestação sobre os fatos no prazo de três dias.

A notícia-crime foi protocolada pelo Partido dos Trabalhadores após Carla Zambelli perseguir um homem, em São Paulo, com uma arma nas mãos.

O PT e outros partidos também pediram a cassação da parlamentar. Eles alegam que os atos de Carla Zambelli são “graves” e podem ser enquadrados “em diversos dispositivos do Código de Ética e Decoro Parlamentar”. O documento protocolado pontua, ainda, que a deputada teria “violado diversos deveres fundamentais”.

“Ademais, os ataques e a ameaça armada contra um eleitor durante a véspera das eleições violam diretamente o interesse público, a vontade popular e a Constituição Federal, atentando contra as instituições democráticas e representativas, bem como contra as prerrogativas do Poder Legislativo”, argumentaram.

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