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Polícia encontra sangue em carro onde mulher transou com sem-teto

Os investigadores também buscam detectar possíveis resquícios de sêmen do morador de rua agredido por personal trainer em Planaltina

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1 de 1 mulher-personal-morador-de-rua (5) - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

Vestígios colhidos no carro em que uma mulher transou com um sem-teto podem ajudar a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) a esclarecer detalhes do que ocorreu na noite de quarta-feira (9/3), em Planaltina-DF. No veículo, foram coletadas amostras de sangue e outros resíduos.

A reportagem apurou que os exames continuam sendo feitos no automóvel e nos laboratórios, com o que já foi coletado. Os investigadores também buscam detectar possíveis resquícios de sêmen. Conforme a coluna revelou, um morador de rua, de 48 anos, foi espancado após ser flagrado tendo relações sexuais com a esposa do personal trainer Eduardo Alves, de 31. Alves começou a bater no homem em situação de rua quando a vítima de agressão ainda estava dentro do veículo.

Personal sobre traição com morador de rua: “Meu casamento continua”

Após tratar das diversas lesões na face e no corpo, o sem-teto recebeu alta do Hospital Regional de Planaltina (HRP) no fim da manhã dessa quinta-feira (17/3). Ele ficou uma semana internado na unidade de saúde.

“Saiu de alta médica pouco antes do meio-dia. Foi para um acolhimento institucional, por meio da central de vagas”, informou a assistente social Andréa Pádua.

Assim, o morador de rua foi transferido para um abrigo da Secretaria de Desenvolvimento Social, fora de Planaltina. “Ele está em um abrigo do DF. Pediu para não ficar em Planaltina”, completou a profissional. Segundo os médicos, o homem não sofreu fraturas e está com o rosto menos inchado.

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O caso aconteceu na madrugada do dia 10 de março. Na ocasião, Eduardo Alves, de 31 anos, perambulava pelas ruas de Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, procurando a esposa, que havia saído horas antes para ajudar pessoas em situação de rua, em uma ação da igreja evangélica que frequentava
Com o tempo, sem ter notícias da mulher, Alves iniciou a busca e acabou encontrado a mulher tendo relações sexuais com outro homem
Ao flagrar a situação, o personal começou a agredir o homem. Em depoimento à polícia, Alves informou que agrediu o estranho pois achava que a esposa estava sendo estuprada
A mulher informou às autoridades que a relação foi consensual. O marido, no entanto, disse que ela estava tendo um “surto psicótico” e, por isso, não teria capacidade de consentir com o ato
Em áudios obtidos pela reportagem, a mulher disse que, em um primeiro momento, o morador de rua solicitou doações e, em seguida, pediu para ser curado. “Me deu vontade de dar um abraço nele”, disse ela. Em seguida, o homem teria pedido para fazer carinho nos pés dela. “Eu senti uma coisa tão boa”, afirmou
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Em 14 de março de 2022, um vídeo divulgado pela coluna Na Mira, do Metrópoles, viralizou nas redes sociais. O motivo? Segundo imagens e relatos policiais, um morador de rua foi agredido por um personal trainer após ter sido flagrado tendo relações sexuais com a esposa do profissional, dentro de um carro

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O caso aconteceu na madrugada do dia 10 de março. Na ocasião, Eduardo Alves, de 31 anos, perambulava pelas ruas de Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, procurando a esposa, que havia saído horas antes para ajudar pessoas em situação de rua, em uma ação da igreja evangélica que frequentava

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Com o tempo, sem ter notícias da mulher, Alves iniciou a busca e acabou encontrado a mulher tendo relações sexuais com outro homem

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Ao flagrar a situação, o personal começou a agredir o homem. Em depoimento à polícia, Alves informou que agrediu o estranho pois achava que a esposa estava sendo estuprada

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A mulher informou às autoridades que a relação foi consensual. O marido, no entanto, disse que ela estava tendo um “surto psicótico” e, por isso, não teria capacidade de consentir com o ato

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Em áudios obtidos pela reportagem, a mulher disse que, em um primeiro momento, o morador de rua solicitou doações e, em seguida, pediu para ser curado. “Me deu vontade de dar um abraço nele”, disse ela. Em seguida, o homem teria pedido para fazer carinho nos pés dela. “Eu senti uma coisa tão boa”, afirmou

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Ao longo do relato, a mulher explicou que começou a ter visões de que estaria na presença de Deus. Já em outros momentos, disse que o morador de rua seria Eduardo, marido dela. “Às vezes, eu o enxergava como Deus, às vezes como Eduardo”, relatou

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Segundo a mulher, ela e o morador de rua começaram a trocar carinhos em via pública. O resultado, como relatado no áudio, foi um beijo entre os dois, na frente da sogra da moça, situação que deixou a mãe do personal em choque. “É o meu propósito, deixa eu receber o meu propósito”, disse a mulher para a sogra

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Depois do beijo, o morador de rua entrou no carro da mulher, em busca de um local mais reservado. “Fui procurando pela rodoviária um lugar escuro e vazio pra gente ficar junto. Eu senti a necessidade de deixar ele entrar no meu carro”, declarou a mulher na gravação

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No vídeo, é possível ver quando Alves se aproxima do carro e flagra a traição. Ele bate no vidro com violência, ataca o homem dentro do automóvel, retira-o do veículo e depois o agride do lado de fora

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Assim como a mulher, o morador de rua foi levado ao hospital. Ele apresentava machucados no rosto e estava com os dois olhos roxos, mas passa bem. Eduardo prestou depoimento e foi liberado. No entanto, poderá responder por lesão corporal

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Segundo o homem agredido, por volta das 21h30 do dia 10 de março, um carro parou nas proximidades da escola paroquial, em Planaltina, e, dentro do veículo, estaria a companheira do personal trainer. Ainda de acordo com o homem, foi a mulher quem o chamou e pediu para que se aproximasse

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Logo em seguida, ela teria olhado para ele e dito: “Vamos brincar?”. Após ter sido convencido a entrar no veículo, ele foi beijado pela mulher. Ainda segundo o homem, enquanto estava nu e tendo relações com a motorista no interior do carro, um “homem bravo invadiu o veículo” e iniciaram-se as agressões

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O homem declarou que não conhecia a mulher e que não a estuprou

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De acordo com Eduardo, a esposa estaria em surto psicótico e, assim, não teria havido relação extraconjungal consensual, mas um estupro. “Não se trata de uma traição conjugal e sim de crime de violência”, alegou, em nota enviada ao Metrópoles, após a publicação da primeira reportagem.

Eduardo diz ter agredido o morador de rua justamente por ter certeza de que a esposa sofria violência sexual. Antes de retirar à força o sem-teto do veículo, o personal bateu com tanta força no automóvel que trincou o vidro do para-brisa.

Informalmente, em relato aos policiais que atenderam a ocorrência, a mulher – que, segundo o marido, está sob cuidados médicos na rede pública de saúde – disse que as relações sexuais foram consentidas. Uma testemunha ouvida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou a versão. Depois da confusão na rua, todos foram conduzidos à 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), que investiga o caso em sigilo.

O homem em situação de rua costumava circular diariamente nas redondezas da escola CEF Paroquial e da rodoviária de Planaltina. Às vezes, ele também buscava apoio em um albergue para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Repercussão

O caso ganhou repercussão nacional desde a publicação da reportagem, em primeira mão, pelo Metrópoles. Em Planaltina, não se fala em outra coisa. Nas redes sociais, o assunto chegou a ficar entre os mais comentados no Twitter. No Instagram, centenas de perfis falsos com os nomes dos envolvidos foram criados, a maioria tratando a delicada situação em tom jocoso. Vale lembrar que o artigo 309 do Código Penal Brasileiro (CBP) pune com até 1 ano de prisão quem for flagrado criando perfis com informações pessoais de terceiros, sem consentimento.

Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança do local. Veja:

Áudios

Em áudios obtidos pela reportagem, a mulher afirma a uma conhecida que toda a ação foi consentida. Em um primeiro momento, o morador de rua teria solicitado doações e pedia para ser curado. “Me deu vontade de dar um abraço nele”, disse.

Em seguida, o homem teria pedido para fazer carinho nos pés dela. “Eu senti uma coisa tão boa”, pontuou a mulher.

Ao longo do relato, ela explica que começou a ter visões de Deus. Já em outros momentos, a mulher narra a visão de que o morador de rua seria seu companheiro. Ainda em via pública, os dois teriam seguido na troca de carinhos, de acordo com a mulher. O resultado, como descrito no áudio, foi um beijo entre os dois na frente da sogra, situação que deixou a mãe do personal incrédula. “É o meu propósito, deixa eu receber o meu propósito”, teria dito a mulher à sogra.

Depois do beijo, o morador de rua entrou no veículo, em busca de um local mais reservado. “Fui procurando pela rodoviária um lugar escuro e vazio pra gente ficar junto. Eu senti a necessidade de deixar ele entrar no meu carro”, declarou ela na gravação.

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