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Polícia Civil prende cabeças do Comboio do Cão em megaoperação no DF

A investigação contra o Comboio do Cão é conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco)

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Polícia Civil prende cabeças do Comboio do Cão em megaoperação no DF
1 de 1 Polícia Civil prende cabeças do Comboio do Cão em megaoperação no DF - Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fez nova investida contra a facção criminosa brasiliense Comboio do Cão (CDC) na manhã desta terça-feira (28/11).

Cerca de 250 policiais cumprem 22 mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão no Distrito Federal e no Entorno.

As medidas judiciais ocorrem no âmbito da Operação Shot Caller e são cumpridas nas seguintes regiões: Riacho Fundo II, Santa Maria, Planaltina, Vila Planalto, Ceilândia, Varjão, além de cidades do entorno como Luziânia (GO), Formosa (GO) e Planaltina de Goiás. Além disso, foi cumprido um mandado de sequestro de imóvel adquirido com dinheiro ilícito pela facção criminosa.

Com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, os policiais do DF efetuaram, ainda, a prisão de um dos atuais líderes da facção, que estava foragido em um condomínio de alto padrão em Pirangi, no litoral ao sul de Natal.

O alvo já era procurado por duplo homicídio no contexto de vingança pela facção, crimes consumados na região de Samambaia.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).

Comboio do Cão

De origem local, a facção é considerada responsável por uma série de crimes em diversas regiões administrativas do Distrito Federal, sobretudo pela prática de crimes violentos em contexto de “guerra” pelo controle de territórios e pontos de venda de drogas, além de roubos e tráfico de armas de fogo.

Em 30 de abril de 2021, a PCDF pendeu um indivíduo considerado a principal liderança e um dos fundadores do grupo. A prisão ocorreu na cidade de Paranhos (MS), localizada na fronteira com o Paraguai.

Shot Caller

O objetivo da Operação Shot Caller é realizar a prisão de membros da facção que substituíram esse líder nas ruas, bem como de criminosos responsáveis pelo controle da parte financeira, e, com isso, dar um golpe na direção do esvaziamento da organização criminosa.

A operação contou com o apoio das Divisões Operações Especiais (DOE) e de Operações Aéreas (DOA) da PCDF, bem como da Diretorias Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), e de Inteligência Penitenciária (DIP/Seape) da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), e das Delegacias Regionais de Formosa e de Luziânia, da PCGO.

Durante as diligências, que contaram durante todo o tempo com a participação do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal (Nupri/MPDFT), os investigadores identificaram complexo empreendimento delitivo que envolve ações logísticas de tráfico de drogas e armamentos de fogo advindos de regiões fronteiriças do país, bem como mecanismos de lavagem de capitais por meio de contas de terceiros interpostos (laranjas) e outras formas de pagamentos ocultos.

Os investigados poderão responder na Justiça por serem parte de organização criminosa armada, bem como pelos crimes de lavagem de capitais, tráfico de drogas e venda ilegal de armas de fogo.

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