metropoles.com

Polícia apreende celular, HD e anotações de Jair Renan Bolsonaro

Filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão. Policiais revistaram dois imóveis dele, no DF e em SC

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Jair Renan Bolsonaro
1 de 1 Jair Renan Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), da Polícia Civil do DF (PCDF), apreenderam o celular de Jair Renan Bolsonaro. O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (24/8).

A ação, batizada de Operação Nexum, cumpre outros quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva por crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de prejuízo do erário do Distrito Federal.

Além do celular, os policiais apreenderam um HD e anotações em imóveis de Jair Renan no Sudoeste, região administrativa do DF, e em Balneário Camboriú (SC).

Prisão

O principal alvo da operação, e mentor do esquema, é Maciel Carvalho (foto abaixo), 41 anos. Ele foi empresário de Jair Renan e coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Maciel acabou preso em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal.

Outro alvo de mandado de prisão é Eduardo dos Santos, ele já era procurado pela polícia por uma ocorrência de homicídio. Eduardo segue foragido.

10 imagens
Maciel Carvalho sendo preso em sua casa, em Águas Claras, no DF
Policiais civis no endereço de Jair Renan em Santa Catarina
Policiais civis no endereço de Jair Renan no Sudoeste, no DF
Jair Renan é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro
1 de 10

Maciel Carvalho e Jair Renan

Reprodução
2 de 10

Maciel Carvalho sendo preso em sua casa, em Águas Claras, no DF

Reprodução/TV Globo
3 de 10

Policiais civis no endereço de Jair Renan em Santa Catarina

Reprodução/TV Globo
4 de 10

Policiais civis no endereço de Jair Renan no Sudoeste, no DF

Reprodução/TV Globo
5 de 10

Igo Estrela/ Metrópoles
6 de 10

Jair Renan é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro

Reprodução redes sociais
7 de 10

Ex-assessor de Renan, Diego Pupe; um instrutor de tiro; e Jair Renan

Reprodução
8 de 10

Ele foi o filho que menos visitou Bolsonaro no Planalto

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 10

Jair Renan, filho "04" de Bolsonaro

Reprodução/Instagram
10 de 10

Jair Renan, nascido em 1998, é filho de Bolsonaro com uma das ex-esposa dele, Ana Cristina Siqueira Valle. Também conhecido como 04, é o quarto dos cinco descendentes do ex-presidente da República

Igo Estrela/Metrópoles

Este ano, Maciel  já foi alvo de duas operações da Polícia Civil do Distrito Federal: a primeira, a Succedere, da Dot/Decor, investigou a ocorrência de crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais.

Outra operação, a Falso Coach, da Coordenação de Repressão ao Crime Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), apurou o uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”, tendo nesta ação policial sido preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

A nova investigação deriva da apreensão de materiais nas operações que revelaram um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo final de blindar o patrimônio dos envolvidos.

9 imagens
Jair Renan Bolsonaro
1 de 9

Jair Renan Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
2 de 9

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 9

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 9

Jair Renan Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 9

Igo Estrela/Metrópoles
6 de 9

Igo Estrela/Metrópoles
7 de 9

Filho de Bolsonaro é investigado pela PCDF

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 9

Jair Renan Bolsonaro

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 9

Hugo Barreto/Metrópoles

“Laranja” e “testa de ferro”

A investigação apontou a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas.

De acordo com os elementos de prova, o principal investigado e um de seus comparsas fizeram nascer a falsa pessoa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, cuja identidade foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.

Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se para isso de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em Santa Catarina. No DF, as ordens foram cumpridas em Águas Claras e no Sudoeste, em desfavor do alvo principal e dois comparsas, sendo um deles um “testa de ferro” usado pelo grupo para figurar como proprietário das empresas.

Também houve cumprimento de mandados na Asa Sul, em um mesmo endereço em que estão registradas uma empresa vinculada ao principal investigado e outra vinculada a um dos demais envolvidos, o qual também foi alvo de busca em sua residência localizada em Balneário Camboriú (SC).

Além disso, foi cumprido um mandado de prisão preventiva em desfavor do mentor do esquema. Outro investigado teve decretada sua prisão, porém encontra-se foragido e também é procurado por crime de homicídio ocorrido em Planaltina.

As diligências de hoje visam apreender bens e documentos especificamente relacionados aos fatos apurados no âmbito da investigação policial, bem como colher outros elementos de convicção relacionados aos investigados.

Operação Nexum

O nome da operação faz alusão ao antigo instituto contratual do direito romano, “nexum”, representando a passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos. A operação teve a participação de 35 policiais do Decor e da Divisão de Inteligência Policial da PCDF, bem como da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.

Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?