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PMs que deram mata-leão em jovem dentro de ônibus são afastados

Os quatro PMs foram afastados das atividades operacionais do 14º Batalhão de Polícia Militar de Planaltina

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
PMs aplicam mata-leão em cidadão - Metrópoles
1 de 1 PMs aplicam mata-leão em cidadão - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A Justiça afastou os quatro policiais militares do 14º Batalhão de Polícia Militar que realizaram abordagem truculenta a um homem dentro de um ônibus em Planaltina, no Distrito Federal.

Além do afastamento, autorizado após pedido da 3ª Promotoria de Justiça Militar, a Justiça também proibiu a transferências dos PMs e suspendeu temporariamente suas posses funcionais e pessoais de armas de fogo.

A Promotoria requisitou, ainda, na quinta-feira (9/11), à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF a instauração de inquérito policial militar para apurar o caso.

A vítima dos PMs é o auxiliar de serviços gerais Fabrício Ferreira da Silva, 26 anos. Ao Metrópoles ele chegou a dizer que “pensou que ia morrer”, após levar o mata-leão dos policiais. A cena foi gravada.

Veja a cena:

Por volta das 17h de 7 de novembro, Fabrício voltava do serviço para casa, no Arapoanga. O ônibus parou, os policiais militares entraram e pediram para os passageiros descerem. Na sequência se dirigiram para o auxiliar, e anunciaram a revista.

“Eu perguntei o motivo da abordagem. Mas eles não quiseram falar. E vieram com ignorância para mim. Eu falei que ia, mas que queria saber o motivo. Não estava fazendo nada errado”, contou.

Segundo Fabrício, os militares lhe aplicaram o mata-leão. “Um já segurou o meu braço. Outro segurou o outro. E o outro me enforcou. Saíram me arrastando do ônibus. Só lembro até quando passei do segundo degrau do ônibus. Aí, desmaiei. Acordei quando me jogaram no chão atrás da parada. Soltaram o meu pescoço. Voltou o ar e acordei”, detalhou.

Os militares fizeram perguntas e revistaram o jovem. “Depois de todo esse constrangimento, falaram que receberam uma denúncia de uma pessoa armada dentro do ônibus com as minhas características”, revelou. Os policiais não encontraram arma alguma. Fabrício ficou envergonhado e revoltado com episódio e decidiu denunciar o caso à 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CLDF).

Fabrício enfatizou que, apesar dos questionamentos, estava indo para a revista sem oferecer resistência. “Eu me senti bastante constrangido. Nunca aconteceu algo assim, ainda mais na frente de tanta gente. Nunca levei mata-leão de policial”, contou.

PMDF justifica mata-leão

Em nota, a PMDF negou qualquer irregularidade na abordagem policial. Segundo a corporação, rapaz teria levado a mão à cintura e por isso os militares precisaram imobilizá-lo. Também não informou se pretende atender à recomendação do MPDFT.

Leia a nota completa

A equipe de policiais militares realizavam patrulhamento quando foram acionados para uma ocorrência em que um homem estaria armado dentro do ônibus. No local, a equipe solicitou que os passageiros descessem do ônibus para que fosse realizada uma abordagem. Foi solicitado ao homem que saísse do ônibus para realizar a revista, porém, ele se recusou. Após um tempo, o homem se dirigiu na direção dos policiais e levou a mão à cintura. Momento em que a equipe conteve o homem dentro do ônibus para levá-lo para fora e realizar a abordagem. A pessoa deve colaborar com abordagem para facilitar o trabalho da polícia e evitar constrangimentos. Nada foi encontrado com o homem e a equipe explicou o motivo da abordagem.

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