PM chamado de “cagão” e professora fazem acordo para encerrar processo
Na época, professora foi exonerada por chamar o oficial da PM de “cagão”, enquanto o militar ganhou promoção
atualizado
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A vice-diretora de uma escola que segue o modelo cívico-militar no Distrito Federal, que chamou um oficial da Polícia Militar (PMDF) de “cagão” em um áudio enviado por meio do WhatsApp, fez um acordo com o PM, pagará R$ 5 mil e o processo será extinto.
Ao contrário do publicado na primeira versão deste texto, a docente não foi condenada e o acordo de transação penal e composição civil homologado não determina que ela deva pedir desculpas ao PM. Em carta encaminhada ao portal, a professora escreveu “…esta não sofreu qualquer condenação penal, mas sim celebrou um acordo de transação penal com composição cível para encerramento do processo e arquivamento do mesmo, sendo inclusive extinto sua punibilidade conforme sentença homologatória do acordo”.
O caso ocorreu em abril do ano passado no Centro Educacional 01 (CED 01), da Cidade Estrutural. A professora chegou a ser exonerada e o militar ganhou uma promoção a primeiro-tenente por critério de antiguidade pouco depois da divulgação do caso.
Ouça vice-diretora chamando tenente da PM de “cagão”:
Entenda o caso
O tumulto entre a vice-diretora e o oficial da PM envolveu a condução de um aluno que desrespeitou os policiais, o que caracterizou infração de situação análoga a desacato.
Irritada, a mãe do estudante esteve na escola e xingou os PMs, dando dedo, fazendo gestos obscenos, afirmando que faria manifestação contra a presença da PMDF no centro educacional e que chamaria traficantes da cidade para invadir o estabelecimento de ensino.
Ela não foi presa, segundo os policiais, porque a vice-diretora a retirou do local em seu veículo particular.
Na ocorrência registrada na Polícia Civil, na época, o tenente apresentou prints, aúdios e vídeos. Segundo o oficial, a vice-diretora ainda ameaçou “pedir sua cabeça” e o chamou de “poderoso chefão” e “bam bam bam”.
De acordo com o PM, existem várias denúncias de pais de alunos no Conselho Tutelar, no mesmo sentido, contra a mesma profissional de educação.