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Playboy das bitcoins é condenado e obrigado a ressarcir vítimas

A pena estabelecida pelo juiz João Lourenço da Silva, da 3ª Vara Criminal de Taguatinga, é de 1 ano e 2 meses de detenção

atualizado

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homem no camelo
1 de 1 homem no camelo - Foto: Reprodução

O estelionatário Marlon Gonzalez Motta (foto em destaque), 24 anos, conhecido como “playboy das bitcoins” foi condenado pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga por estelionato. A pena estabelecida pelo juiz João Lourenço da Silva é de 1 ano e 2 meses de detenção. O autor também terá de ressarcir duas vítimas em R$ 100 mil e R$ 20 mil cada.

Na decisão, o magistrado afirma que, ao analisar os elementos, “percebe-se que o conjunto probatório é harmônico, estando as provas colhidas na fase policial em consonância com as da fase judicial”.

Veja fotos do playboy das bitcoins: 

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Nas redes sociais, o estelionatário postou fotos em Mykonos, na Grécia
Marlon também viajou para as Bahamas
O golpista passou uma temporada na Suíça, após aplicar um golpe de R$ 600 mil em um grupo chinês
Ele costuma ostentar os detalhes das viagens
Em apenas uma noite, Marlon Gonzalez chega a gastar R$ 100 mil, conta uma vítima
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Após aplicar golpes, Marlon Gonzalez viaja para hotéis sofisticados da Europa

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Nas redes sociais, o estelionatário postou fotos em Mykonos, na Grécia

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Marlon também viajou para as Bahamas

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O golpista passou uma temporada na Suíça, após aplicar um golpe de R$ 600 mil em um grupo chinês

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Ele costuma ostentar os detalhes das viagens

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Em apenas uma noite, Marlon Gonzalez chega a gastar R$ 100 mil, conta uma vítima

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O criminoso em uma estação de esqui, no exterior

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O golpista fez turismo no deserto dos Emirados Árabes e em Dubai

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A polícia identificou que Marlon investia parte do dinheiro dos golpes em carros de luxo

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O suspeito foi alvo de quatro inquéritos instaurados pela Polícia Civil do DF

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“Observa-se o intuito claro do acusado em obter vantagem ilícita, fingindo que se tratava de um investimento, sendo que no início fingia que estava dando certo e, logo depois, procurou sair da presença das vítimas e ficou com o dinheiro que havia recebido das mesmas, o que denota, sem maiores delongas, o intento do réu em ludibriar os ofendidos e lograr êxito na prática delitiva”, concluiu o juiz.

Lobo de Wall Street

Marlon Motta foi alvo de novo inquérito instaurado pela Polícia Civil do Distrito Federal em julho de 2020. A investigação, batizada de Lobo de Wall Street, identificou que golpistas promoveram um falso leilão virtual de veículos, que resultou em prejuízo de, aproximadamente, R$ 60 mil a três vítimas. Marlon teria sido acionado para lavar os valores amealhados com o crime, mas embolsou o dinheiro dos falsários.

O inquérito foi relatado pela 19ª Delegacia de Polícia (P Sul). De acordo com as investigações, o leilão virtual de automóveis foi criado por golpistas para tentar enganar pessoas interessadas na compra de veículos que jamais existiram. Três homens perderam entre R$ 15 mil e R$ 22 mil antes que percebessem a fraude. Em seguida, Marlon foi procurado pelo grupo com o objetivo de lavar o dinheiro: deveria transformar a quantia em moeda virtual, por meio de um banco digital.

No entanto, os golpistas foram passados para trás quando Marlon entrou em contato com um ex-sócio dele, identificado como Felipe Fabiano Amorim, que tinha uma das contas digitais  para onde o dinheiro foi transferido. “Apuramos que Marlon teria ficado com cerca de R$ 50 mil, e Felipe Fabiano, com outros R$ 9 mil”, explicou o delegado adjunto da 19ª DP, Sergio Bautzer.

Falso sequestro

Segundo a apuração da PCDF, após Marlon desaparecer com o dinheiro, os estelionatários foram atrás dos intermediários do negócio. Um empresário que teria apresentado o playboy das bitcoins teve o carro tomado à força pelo grupo, que não aceitava ficar no prejuízo.

Posteriormente, em parceria com um empresário lesado pelo falsário, um ex-sócio de Gonzalez foi convencido a simular um falso sequestro, fingindo ser espancado, torturado e enforcado para “sensibilizar” o golpista a devolver os R$ 60 mil. Obviamente, o playboy não se comoveu, e o plano não deu certo.

Em 7 de abril de 2020, o Metrópoles publicou reportagem sobre o falso sequestro. À época, o caso foi investigado pela Divisão de Repressão a Sequestros (DRS). Durante a apuração, parte da delegacia especializada foi acionada e desvendou o falso crime. O caso ocorreu em 4 de abril, quando a Polícia Civil do DF recebeu, via disque-denúncia, informações sobre um homem mantido em cativeiro sob tortura. A unidade especializada entrou no circuito e identificou uma chácara no Altiplano Leste como o local onde a suposta vítima era mantida.

Após identificarem o lugar do “cativeiro”, equipes formadas por nove investigadores, armados com pistolas e fuzis, seguiram para a chácara a fim de libertar a vítima. Quando chegaram ao local logo perceberam a farsa.

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