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Pirâmide: PF prende quadrilha que lucrou R$ 12 mi e fez 300 vítimas

A captação de recursos de vítimas por meio de fraude envolvia promessas de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido

atualizado

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PF/Divulgação
Operação da Polícia Federal
1 de 1 Operação da Polícia Federal - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (14/6), a Operação Alavancada com o objetivo de desarticular grupo criminoso acusado de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de pirâmide financeira (Esquema Ponzi) em diversas cidades do estado do Piauí e em Brasília.

Segundo a PF, o inquérito policial foi instaurado este ano e, até o momento, foi apurado que a organização criminosa captou valores milionários de ao menos 300 vítimas em Brasília, Floriano (PI), Elizeu Martins (PI), Corrente (PI) e Teresina (PI).

Os investigados se apresentavam como “traders” para captar dinheiro das vítimas, a pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

Foram mobilizados 15 policiais federais para o cumprimento de oito mandados judiciais, nas cidades de Brasília, Formosa (GO) e Cuiabá (MT), sendo um mandado de prisão preventiva, dois de temporária e cinco de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano (PI).

As investigações mostraram a captação de recursos de clientes (vítimas) por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no mercado financeiro por meio de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado.

Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da comissão.

Os valores disponibilizados pelas vítimas para os criminosos variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil, depositados diretamente nas contas pessoais dos investigados.

Os envolvidos devem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e das Polícias Civis Estaduais das cidades de Floriano (PI) e Brasília.

Alavancada
O nome da operação é uma referência à forma de atuação que permite ao investidor do mercado financeiro negociar volumes financeiros bem superiores ao que ele possui quando identifica uma grande oportunidade no mercado. Com uma pequena quantia em dinheiro, é possível ampliar os ganhos de um investimento, assim como as perdas também podem ser significativamente maiores.

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