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Pirâmide: filho de PM criou “setor jurídico” para enrolar 300 vítimas

Investigações apontam que Pedro Duarte também contava com a ajuda do pai para convencer PMs a investir no golpe

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Arquivo
Pedro Gil
1 de 1 Pedro Gil - Foto: Arquivo

Preso pela Polícia Federal, nessa terça-feira (14/6), por liderar esquema criminoso de pirâmide financeira, o falso trader Pedro Gil da Fonseca Duarte (foto em destaque) criou, em conjunto com a irmã Isabela Fonseca Alves Duarte, um “setor jurídico” a fim de enrolar as cercas de 300 vítimas espalhadas pelo Distrito Federal e pelo Piauí. A afirmação consta na denúncia feita pelo Ministério Público Federal. Estima-se que a quadrilha lucrou cerca de R$ 14 milhões. Além dos irmãos, o primo deles, Matheus da Fonseca Correia, também foi preso.

Investigações apontam que Pedro Duarte ainda contava com a ajuda do pai, um policial militar do DF, para convencer agentes a investir na falsa empreitada. Reuniões eram feitas, inclusive, dentro dos batalhões da PMDF, conforme informou a coluna em janeiro deste ano.

Conheça o líder, Pedro Gil:

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PCDF investiga o fato
Pedro Duarte
Pedro Duarte não devolveu dinheiro de investidores
Prejuízo chega a R$ 1 milhão
Suspeito mora em Planaltina
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Filho de policial do DF é suspeito de dar golpe

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PCDF investiga o fato

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Pedro Duarte

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Pedro Duarte não devolveu dinheiro de investidores

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Prejuízo chega a R$ 1 milhão

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Suspeito mora em Planaltina

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Ao menos 30 policiais caíram no golpe

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Pedro Duarte

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra os três principais suspeitos envolvidos no estrutura contra o Sistema Financeiro Nacional e pirâmide financeira (Esquema Ponzi) investigado pela PF. Toda a investigação culminou na Operação Alavancada. Houve apreensões nas cidades de Floriano (PI), Brasília (DF), Formosa (GO) e Cuiabá (MT).

O MPF denunciou os suspeitos em razão dos crimes cometidos contra o Sistema Financeiro Nacional. A pena varia de dois a oito anos de reclusão e multa.

Tendo em vista o abalo à ordem econômica causado em Floriano (PI) – uma das cidades piauienses onde o grupo atuou -, o Ministério Público também pediu à Justiça Federal que condene os réus ao pagamento de R$ 14 milhões a título de dano moral coletivo (valor do prejuízo estimado provocado pelo grupo às vítimas). A fim de garantir o ressarcimento dos prejuízos às vítimas e à sociedade, o MPF solicitou a decretação da indisponibilidade de bens e o bloqueio dos valores dos acusados.

O ministério também solicitou a manutenção da prisão preventiva de Pedro Gil. Ele é alvo de outras investigações por vários crimes, entre eles, estelionato, no âmbito da Polícia Civil do Distrito Federal e do Piauí, sendo o líder da associação infratora.

Investigações
De acordo com a investigação da Polícia Federal, os suspeitos denunciados montaram uma estrutura criminosa para operar, sem a devida autorização, uma instituição financeira que captaria clientes para investirem nos mercados de valores mobiliários. A promessa era de ganhos de até 18% ao mês, sem menção aos riscos associados, com informações insuficientes sobre os supostos investimentos e carência de registro profissional para a atividade em órgão regulador ou fiscalizador.

As investigações tiveram início a partir de notícias de que representantes da empresa 2P Trader Investimentos (que tem Pedro Gil como sócio administrador) estavam oferecendo ao público uma espécie de contrato de investimento coletivo.

O MPF afirma que Pedro Gil foi o principal idealizador do esquema e quem possuía a palavra final quanto à gestão e investimento dos montantes arrecadados do público em geral. Também participaram Matheus da Fonseca, que captava clientes na cidade de Floriano (PI); e Isabela Fonseca, a suposta advogada do grupo.

Segundo apurado em relatórios de inteligência financeira, eles teriam movimentado pela conta pessoal de Pedro, de 5 março de 2020 até 28 de fevereiro de 2021, o montante de R$ 3.402.770,00 a crédito e R$ 3.347.302,00 a débito.

O aumento exponencial na movimentação pessoal, incompatível com seu perfil de cliente, chamou atenção dos setores de compliance dos bancos e, por consequência, teria havido a comunicação de situações atípicas ao O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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