PF: traficante espalha armadilhas para pegar mico-leão-dourado no Rio
O suspeito, que tem histórico de crimes ambientais desde 2001, atua como traficante e comerciante ilegal de animais silvestres
atualizado
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A Polícia Federal, com apoio do Ibama, deflagrou na manhã desta sexta-feira (1º/3) a Operação Anhangá para coibir a caça ilegal do mico-leão-dourado no interior do Rio de Janeiro.
As investigações tiveram início em novembro de 2023, em razão da notícia de que armadilhas para a captura de micos-leões-dourados tinham sido encontradas em Área de Proteção Ambiental Federal na cidade de Rio Bonito.
Essa região do interior do estado do Rio de Janeiro (particularmente os municípios de Rio Bonito, Silva Jardim e Casimiro de Abreu) é a única de ocorrência do mico-leão-dourado na natureza.
Na ação desta sexta (1º), Polícias da Delegacia de Meio Ambiente (DMA) cumpriram três mandados de busca e apreensão, no município de Magé, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói.
O suspeito, que tem histórico de crimes ambientais desde 2001, atua como traficante e comerciante ilegal de animais silvestres e ameaçados de extinção.
Além dos mandados de busca e apreensão, também foram expedidas ordens judiciais para monitoração eletrônica dos suspeitos e proibição de acesso ou frequência a unidades de conservação e seu entorno.
Os investigados responderão por caça, transporte clandestino, manutenção de animais em cativeiro, maus-tratos, com aumento de pena, tenho em vista que o crime é decorrente de caça profissional, praticado contra espécie ameaçada de extinção, durante a noite e também pelo crime de receptação qualificada.
Operação Anhangá
O nome da operação faz referência a um ser mitológico da cultura Tupi que protege os animais, sobretudo os mais indefesos.