PF resgata tucano ferido mantido em cativeiro por traficante do DF
Foram apreendidas, ao todo, oito aves em situação ilegal e lavradas multas que somam cerca de R$ 33 mil
atualizado
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Durante operação deflagrada para combater o tráfico de drogas, na manhã dessa terça-feira (11/10), policiais federais flagraram outra modalidade de crime. Na casa de um dos investigados, os agentes localizaram aves silvestres mantidas em cativeiro. Entre elas, um espécime de Tucano-toco, o Ramphastos toco (foto em destaque).
De acordo com a corporação, levantamentos de inteligência realizados pela PF previamente às investigações já indicavam a possível posse irregular de animais por um dos envolvidos.
Por essa razão, a equipe designada para cumprir as buscas era integrada não apenas por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), mas também por dois policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais (DELEMAPH), ambos com experiência na repressão a tráfico de animais e delitos contra a fauna.
Durante a diligência, o suspeito chegou a apresentar documentos que supostamente autorizavam a posse do Tucano-toco. Porém, o documento tinha aparência de falso. Também foram identificadas diversas aves em situação irregular bem como indícios de maus-tratos.
A equipe da PF acionou o Ibama, que enviou ao local dois analistas ambientais federais. No endereço, os fiscais realizaram consultas aos sistemas do órgão e confirmaram não apenas a fraude documental como também os maus-tratos, pois algumas das aves apresentavam ferimentos.
Foram apreendidas, ao todo, oito aves em situação ilegal e lavradas multas que somam cerca de R$ 33 mil. Os animais em situação irregular foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas). O tucano-toco teve de ser levado ao Hospital Veterinário da Universidade de Brasília para tratamento em razão dos graves ferimentos.
O suspeito foi preso em flagrante por uso de documentos públicos falsos, posse ilegal de espécimes da fauna nativa e exótica e maus tratos a animais. As penas, somadas, chegam a 10 anos de prisão.
O investigado, na mesma ocasião, também foi preso em flagrante, pela posse de substâncias utilizadas na produção de drogas. Nesse caso, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.