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PF prende “Rei do Cripto” que movimentou R$ 13 bilhões em quatro anos

Em Dubai, o homem fixou residência a fim de possibilitar a continuidade dos crimes e dificultar a atuação da polícia brasileira

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Divulgação/PF
Imagem colorida de agente da polícia federal de costas no aeroporto internacional de são paulo em guarulhos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de agente da polícia federal de costas no aeroporto internacional de são paulo em guarulhos - Metrópoles - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) prendeu, na madrugada desse domingo (7/1), um operador financeiro com expertise de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos do Brasil. O indivíduo foi detido na área migratória do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), quando tentava embarcar em voo com destino à cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o investigado e sua companheira, já que o mandado expedido quando a Operação Colossus foi expedida não foi cumprido em razão de não terem sido localizados no país.

Em Dubai, o homem, que ficou conhecido como “Rei do Cripto”, fixou residência a fim de possibilitar a continuidade dos crimes e dificultar a atuação da polícia brasileira. A prisão ocorreu após dias de monitoramento do investigado pela Polícia Federal.

Lavagem de dinheiro

O investigado é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional, dissimulando e ocultando a origem dos valores mediante sucessivas transações realizadas por diferentes empresas de fachada titularizadas por laranjas”.

Além da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.

Segundo a PF, trata-se de investigação iniciada como desmembramento da Operação Colossus, quando foi verificado que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem apresentar registros de emissão de notas fiscais compatíveis com a movimentação bancária levantada, além de evidências de operação com dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes.

Ainda, há provas de que, mesmo residindo no exterior, o investigado continua praticando delitos, tendo sido identificada conta bancária pertencente a empresa titularizada por “laranja” e por ele utilizada para o recebimento e transferência de recursos.

Com registros de atuação ao longo do último ano, em apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhões.

Nesse contexto, considerando a reiteração delitiva, a gravidade em concreto da conduta e a fixação de residência fora do país sem a comunicação formal às autoridades, foi decretada sua prisão preventiva a fim de resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.

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