PF prende quadrilha que usava funcionários de aeroporto para o tráfico
Agentes federais cumprem 23 mandados de prisão preventiva contra participantes do esquema, entre traficantes e terceirizados do terminal
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19/7), a Operação Operação Bulk, voltada à repressão ao crime organizado e ao tráfico internacional de drogas.
Policiais federais cumprem mandados expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal em Guarulhos (SP): 23 são mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão. Do total de ordens de prisão, 18 seriam contra funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Veja imagens da operação:
As medidas ocorrem, simultaneamente, nos municípios paulistanos de São Paulo, Sorocaba, Guarulhos e Praia Grande. Também é cumprido um mandado em Portugal, determinado pelo Poder Judiciário, em virtude de difusão vermelha transmitida pela Interpol, após representação da Polícia Federal.
Foram determinados, ainda, o sequestro de todos os bens imóveis e de veículos, bem como dos valores depositados em contas bancárias e aplicações financeiras em nome dos investigados. Esses recursos chegam a, aproximadamente, R$ 53 milhões.
A investigação teve início em 2021 e, durante o período, foram apreendidos 887,5kg de cocaína em nove eventos: três em Guarulhos; dois em Lisboa, em Portugal; um em Frankfurt, na Alemanha; e três em Amsterdã, na Holanda.
A organização criminosa atuava cooptando funcionários e prestadores de serviços de aeródromo para que introduzissem carregamentos de cocaína no interior de aeronaves comerciais que realizavam voos regulares. Os voos partiam do aeroporto de Guarulhos.
Para o êxito dessas ações criminosas, os grupos passaram a se organizar por meio de divisão de tarefas e responsabilidades, existindo uma coordenação hierárquica que atuava na parte externa do aeroporto e que seria responsável por adquirir e armazenar grandes quantidades de cocaína.
Toda a negociação em relação à quantidade, destino, especificação de voos e demais tratativas com os destinatários do entorpecente no exterior seria de responsabilidade exclusiva dos suspeitos.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 10 a 25 anos de reclusão.